Senadores da Comissão de Educação divergem sobre instalação de CPI para investigar denúncias de corrupção no MEC
Senadores da base governista alegam que, em um ano eleitoral, uma CPI se tornaria um "palanque".
Senadores da base governista alegam que, em um ano eleitoral, uma CPI se tornaria um "palanque".
A CE deu início à investigação do caso após fatos divulgados de que o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, teria dito priorizar, no repasse de recursos, amigos do pastor Gilmar Santos, a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
Presidente do FNDE, Marcelo Lopes da Ponte, até bem pouco tempo era chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (PP) licenciado para ser ministro-chefe da Casa Civil do Governo Bolsonaro.
Em áudios divulgados pela imprensa, o então ministro Milton Ribeiro afirma priorizar prefeitos ligados a pastores evangélicos na destinação de verbas públicas.
Em audiência, cinco prefeitos confirmaram aos senadores que receberam pedido de propina para facilitar a liberação de recursos do FNDE.
As denúncias levaram à queda de Milton Ribeiro, que também é pastor protestante, no último dia 28 de março.
Foram aprovados requerimentos para ouvir o ministro interino, Victor Godoy Veiga, e prefeitos de municípios que teriam recebido propostas de participação em um esquema de corrupção no MEC.
A investigação foi aberta a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, após a publicação de matérias na imprensa sobre suposto favorecimento na liberação de recursos do FNDE, através de pastores evangélicos.
A decisão foi provocada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.
Os senadores querem explicações sobre o esquema irregular de distribuição de verbas do MEC a pastores evangélicos a pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro.