A renovação numérica da Assembeia é expressiva. E também será qualitativa?
Os atuais deputados, com honrosas exceções, estão deixando o Legislativo cearense em situação de penúria. Sequer reuniões plenárias têm acontecido por lá
Os atuais deputados, com honrosas exceções, estão deixando o Legislativo cearense em situação de penúria. Sequer reuniões plenárias têm acontecido por lá
A decisão do senador Cid Gomes (PDT) de ser oposição à candidatura de Roberto Cláudio ao Governo do Estado, antecipou o fim da Era Ferreira Gomes na liderança da política cearense, iniciada em 2006, quando ele foi eleito governador do Ceará, derrotando o ex-governador Lúcio Alcântara (PSDB), que fechava o ciclo de 20 anos de controle político do senador Tasso Jereissati,
Adversários políticos de Ciro, duvidam, enfatiza o periódico, "que haja um rompimento na família. O ex-senador Eunício Oliveira (MDBCE) vê o movimento como “jogo de cena” para garantir cargos, caso o PT ganhe o governo do Ceará. “Eles não brigam entre eles, não. Eles querem uma boquinha porque perderam o Brasil. O Ciro destruiu tudo, ninguém pode ser ministro de um nem de outro”.
A insegurança, a indecisão e o discurso interno martelando que “aquele não pode ser” tornam eleitoras e eleitores vulneráveis ao assédio das campanhas dos candidatos que ainda estão liderando as pesquisas, que pregam a cristalização e a maximização da “utilidade” do voto.
O debate, mesmo no seu formato engessado, por exigência dos próprios candidatos, tem um significado relevante para o eleitor e a Democracia. Ele é capaz, até, de definir uma eleição. E talvez por isso, também, os candidatos de maior apelo popular tentem, a todo custo, evitá-los.
Poucos, pouquíssimos mesmo, sabem do grau de animosidade existente entre Camilo Santana e Ciro Gomes, refletindo diretamente na campanha, e até nas relações pessoais entre aliados deles.
Elmano, de fato, provocou o Capitão, a partir do tratamento sarcástico ao dirigir-se a ele tratando-o de Capitão do outro Capitão, vinculando a postulação de Wagner à do presidente Bolsonaro
Ciro, para manter-se na terceira posição na sucessão presidencial, evidente, precisa de votações expressivas fora do Ceará, mas o sufrágio dos cearenses ajuda consideravelmente, e pela sua simbologia, tem um significado único, o de que o candidato é realmente líder e respeitado na sua terra (ele nasceu em São Paulo, mas desde criança mora do Ceará)
Só a obstinação de ser eleito no primeiro turno deve motivar o ex-presidente em querer conversar com Ciro. Lula pode até contar com votos hoje propensos a serem de Ciro, mas não será por indicação deste que os eleitores o sufragarão.
O senador Cid Gomes, muito antes da escolha de Roberto Cláudio como candidato do PDT ao Governo do Estado, sempre quando era abordado se seria ele o candidato a governador para manter a aliança do seu partido com o PT, dizia estar despedindo-se das disputas eleitorais para cuidar de sua vida empresarial.