Senadores criticam Exército por não punir Pazuello após ele participar de ato político ao lado de Bolsonaro
Para parlamentares, o arquivamento do procedimento disciplinar abre um precedente perigoso.
Para parlamentares, o arquivamento do procedimento disciplinar abre um precedente perigoso.
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu ao general um privilégio negado a outras autoridades em situação semelhante: o de escolher local, dia e hora para depor. Em regra, um ministro de Estado tem esse direito somente quando é testemunha em um inquérito ou ação penal, não quando é investigado.
Compete privativamente ao Presidente da República nomear e exonerar os ministros de Estado. Com esse entendimento, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de afastamento de Eduardo Pazuello do comando do Ministério da Saúde.
Em documento enviado nesta segunda-feira (18) ao Ministério da Saúde, o procurador-geral da República, Augusto Aras, requisitou a abertura, pela pasta, de inquérito epidemiológico e sanitário com o objetivo de apurar causas e responsabilidades pelo colapso no sistema de saúde de Manaus (AM).
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, defendeu, nesta quarta-feira (13), a importância de os brasileiros continuarem seguindo as recomendações das autoridades de saúde como forma de tentar conter o aumento do número de casos do novo coronavírus.
Em uma live, o ministro Gilmar Mendes havia dito que o Exército estava se associando a um "genocídio" ao aceitar fazer parte da condução das políticas públicas desastrosas de enfrentamento à Covid-19 no alto escalão do governo.