O prazo para que os vereadores de Fortaleza mudassem de filiação partidária sem sofrerem punição por infidelidade partidária acabou nesta sexta-feira (5). Alguns parlamentares da Câmara Municipal aguardaram até o último momento para tomar a decisão de desfiliação e filiação a uma nova agremiação. Pelo menos 22 deles realizaram a mudança nas últimas semanas.
A medida é referente ao descumprimento da decisão judicial de 2016, que determinou a revogação de leis municipais que aumentaram o valor dos subsídios do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais e vereadores, sem obedecer à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Apesar da liminar da Justiça, a sentença foi parcialmente descumprida nos três anos seguintes.
Começa nesta quinta-feira (7) a janela partidária, período em que vereadoras e vereadores podem mudar de partido sem prejuízo de mandato. O prazo é de um mês.
Enquanto parlamentares de esquerda e petistas criticaram a medida, bolsonaristas de direita defenderam a matéria e atacaram o presidente Lula. A matéria foi aprovada com 12 votos favoráveis e 11 contrários. Governistas do PDT, que são maioria na Casa, preferiram não votar, apesar de estarem presentes à sessão.
Após perceber que a situação estava saindo do controle, inclusive, com alguns professores nas galerias batendo nos vidros de proteção, Gardel Rolim decidiu suspender a sessão até que os ânimos dos presentes se acalmassem. O prefeito, então, foi encaminhado para a sala da presidência junto com assessores próximos e membros da Mesa Diretora da Câmara Municipal.
Durante todo o dia de ontem, depois dos pronunciamentos, parlamentares e até o governador do Estado Elmano de Freitas repudiaram as falas dos pedetistas.
Adail e Bruno, durante sessão ordinária na terça-feira (05), ao comentarem falas de Romero, chegaram a dizer que ela não deveria ser "menina de recado" ou "garganta de aluguel" para levar recado de outros. A emedebista havia dito que o ex-prefeito Roberto Cláudio iria fazer com o prefeito Sarto o que teria sido feito com a ex-governadora Izolda Cela.
Ele afirmou, ainda, que foi para o PL a convite de Acilon Gonçalves, mas que agora abandonou de vez a legenda com a saída do até então dirigente partidário. "Quando fui convidado pelo André Fernandes para conversar, uma única vez, ele perguntou a chapa que eu tinha. Depois disso, nunca mais falou comigo. Eu soube que ele é presidente pela imprensa. Ele não tem nenhum diálogo com o partido", apontou Mesquita.
Vereadores da Capital se posicionaram, na manhã desta quarta-feira (04) sobre a nova crise interna da legenda e defenderam o deputado federal André Figueiredo como presidente legítimo da sigla.
O tema foi abordado por parlamentares, que destacaram a importância do pleito, que apesar de não ser obrigatório, tem sua importância pelo cuidado que esses agentes devem ter quanto aos direitos das crianças e adolescentes.