O vereador Pedro Matos tem se aproximado da gestão e defendeu a aprovação dos projetos do prefeito Sarto. Foto: CMFor

Os vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza aprovaram, na tarde desta quarta-feira (08), três projetos de autoria do prefeito Sarto que versam sobre a contratação de crédito junto a instituições financeiras públicas e privadas, no valor total de R$ 1,2 bilhão. Parlamentares de oposição criticaram a falta de transparência nos textos encaminhados pelo Poder Executivo, e que chegaram na Casa no dia 27 de fevereiro passado.

Prefeito Sarto quer contratação de crédito no total de R$ 1,2 bilhão. Recursos são para realização de obras em Fortaleza

Um dos textos, em votação nominal, contou com os votos favoráveis de 26 vereadores do Legislativo da Capital cearense. Se posicionaram contrários ao texto Adriana Nossa Cara (PSOL), Enfermeira Ana Paula (PDT), Dr Vicente (PT), Gabriel Aguiar (PSOL), Julierme Sena (UB), Júlio Brizzi (PDT), Léo Couto (PSB) e Adriana Almeida (PT).

O pedetista Júlio Brizzi classificou a tramitação das propostas como “desrespeito ao Parlamento”, visto ter sido enviado em regime de urgência, sem discussão com os líderes partidários e sem justificativas plausíveis. “Não diz para que vai ser usado esse recurso. Estamos falando de R$ 1,2 bilhão,  sendo R$ 600 milhões do Banco do Brasil, R$ 250 milhões com a Caixa e outros R$ 400 milhões que ainda vai lançar edital para escolher as instituições”.

Adriana Nossa Cara, que votou contrário às mensagens, classificou os textos como “cheque em branco” ao prefeito Sarto. “Ele está desesperado porque sua avaliação política com o povo cai todo dia. O objetivo dele é ter recursos para, no seu desespero, tentar sua reeleição”.

Léo Couto também criticou as propostas, afirmando que a população não sabe o destino para os recursos oriundos da operação de crédito. “Acabamos de votar a taxa do lixo, completamente desnecessária, e agora o prefeito quer que a gente aprove três mensagens que somadas dão R$ 1,2 bilhão”.

Os vereadores Didi Mangueira (PDT), Carlos Mesquita (PDT), Adail Júnior (PDT), Paulo Martins (PDT) e Pedro Matos (PL), por outro lado, defenderam as matérias.  Atuando em defesa da gestão, Pedro Matos destacou que a cidade precisa de investimentos e destacou que após aprovação das matérias é papel do parlamentar fiscalizar a destinação dos recursos.

Paulo Martins, por sua vez, foi o único que conseguiu explicar a destinação dos eventuais recursos contratados pelo Governo Municipal. Segundo ele, o montante servirá para ampliar as UTIs do IJF, construir o Gonzaguinha de Messejana e mais sete postos de saúde, além de investimentos na infraestrutura, como a construção do Terminal de Ônibus da praça José de Alencar.

Como ficou a votação nominal:

Votos favoráveis – Adail Júnior (PDT), Ana do Aracapé (PL), Bruno Mesquita (PROS), Carlos Mesquita (PDT), Cônsul do Povo (PSDB), Danilo Lopes (Avante), Didi Mangueira (PDT), Didi Maravilha (PDT), Luciano Girão (PSD), Emanuel Acrízio (PP), Gardel Rolim (PDT), Iraguassu Filho (PDT), Marcelo Lemos (UB), Michel Lins (Cidadania), PPCell (PSD), Pedro Matos (PL), Paulo Martins (PDT), Professor Enilson (Cidadania), Raimundo Filho (PDT), Ronaldo Martins (Repu), Ronivaldo Maia (sem partido), Tia Francisca (PL), Veríssimo Freitas (Repu), Estrela Barros (Rede), Eudes Bringel (PSB), Fábio Rubens (PSB)

Votos contrários – Adriana Nossa Cara (PSOL), Enfermeira Ana Paula (PDT), Dr. Vicente (PT), Gabriel Aguiar (PSOL), Julierme Sena (UB), Júlio Brizzi (PDT), Léo Couto (PSB), Adriana Almeida (PT)