Corregedor Nacional de Justiça, ministro Humberto Martins. Foto: G.Dettmar/Agência CNJ.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, homologou acordo de colaboração premiada de Sérgio Cabral com a Polícia Federal. O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, apontou que o ex-governador acusa o ministro do STJ e do Conselho Nacional de Justiça, Humberto Martins em sua delação.

Em nota emitida nesta sexta-feira (07), Martins afirma que desconhece o conteúdo do acordo da delação de Cabral. O ministro do Superior Tribunal de Justiça ressalta que o compromisso foi negado pelo Ministério Público Federal por falta de boa-fé do ex-governador. Preso desde novembro de 2016, o ex-governador já foi condenado 13 vezes e suas penas, somadas, chegam a 280 anos de prisão.

O corregedor nacional também disse que “nunca teve qualquer relação pessoal” com Cabral. Segundo Martins, a única vez que atuou como magistrado em um processo envolvendo o político foi quando negou pedidos de Habeas Corpus dele no Superior Tribunal de Justiça.

“Verifica-se, pois, que em todas as oportunidades em que decidiu como presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça, o corregedor nacional de justiça, ministro Humberto Martins, atuou contrariamente aos interesses de Sérgio Cabral Filho, aplicando a lei e a constituição, razão pela qual foi com surpresa que tomou ciência pela imprensa da suposta citação de seu nome na delação premiada firmada entre Sérgio Cabral e a Polícia Federal”, diz a nota.

Fonte: site ConJur.