Pelo posicionamento do ex-governador, o clima ainda é de atrito entre seus aliados e a decisão do diretório do PDT,que por 55 votos a 29 decidiu que Roberto Cláudio é o candidato ao Governo do Estado pela base governista.
Agora, sem nome para disputar o Palácio da Abolição, o ex-governador Camilo Santana mostra reuniões com representantes de outros partidos, passando a ideia de que essas agremiações estão fechadas com o PT, na indicação de um nome para enfrentar Roberto Cláudio e Wagner.
Foi por intermédio dos irmãos que se deu a entrada de Izolda na administração pública. Primeiro como secretária de Educação de Sobral; depois como secretária estadual de Educação; e, por fim, vice-governadora do Ceará, escolhida a dedo por Cid Gomes.
Izolda Cela e Regina Sousa são, em seus respectivos estados, as primeiras mulheres governadoras da história. E, de igual modo, não disputarão reeleição. Diferente do Rio Grande do Norte que está na sua terceira governadora, Fátima Bezerra, que foi a única mulher eleita chefe do Executivo Estadual em 2018, e, de mesmo modo, a única que disputará reeleição no Brasil.
Se fizermos uma retrospectiva, já era claro que o ex-governador Camilo Santana (PT) iria renunciar ao cargo para, em outubro, concorrer a uma vaga de senador da República, acordo selado depois da vinda de Lula ao Ceará, em agosto de 2021. Em nenhum momento, pleitearam o nome de Izolda, naquele momento, como uma possível candidata ao Palácio da Abolição.
Nos bastidores da política local, a dúvida é sobre o compromisso da governadora com a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, que será lançada nesta quarta-feira (20).
O nome do PDT que deve ser escolhido para representar a base governista na disputa ao Governo do Estado neste ano deve sair nesta segunda-feira (18), conforme informou o presidente da sigla, André Figueiredo. Roberto Cláudio e Izolda Cela são os mais citados por partidos aliados e correligionários pedetistas.
Izolda foi vice-governadora de Camilo por mais de sete anos, quando, em abril de 2022, o petista renunciou ao cargo para pleitear uma vaga ao Senado Federal pelo Ceará, nas eleições de outubro. Com isto, desde o último dia 2 de abril, o estado é comandado pela pedetista.
"Como justificar para a sociedade que uma mulher, educadora, experiente, competente, que unifica o projeto político não será candidata à reeleição? Não tem como", criticou Idilvan Alencar.
Izolda é governadora desde o dia 2 de abril, quando da renúncia de Camilo Santana (PT) para puder, em outubro, disputar a corrida pela eleição ao Senado Federal.