Deputado Renato Roseno (PSOL) na tribuna da Assembleia Legislativa. Foto: Alece/Divulgação.

O deputado estadual Renato Roseno (Psol) expressou, na sessão de ontem (9) da Assembleia Legislativa do Estado Ceará – Alece, a sua posição de apoio aos que lutam pela diginidade, pela justiça social e pela superação das desigualdades; citando os professores da educação básica e da educação superior e demais servidores do Estado do Ceará em greve.

“Quero repudiar a tentativa de, por via judicial, silenciar os que lutam. A Procuradoria-Geral do Estado, que representa o Governo do Estado na esfera judicial, entrou com três pedidos contra o Sindetran (sindicato que representa os servidores do Detran), o Sindurca (servidores da Urca – Universidade Estadual do Cariri) e o SindUece (servidores da Uece – Universidade Estadual do Ceará) pedindo ilegalidade da greve, multa ao sindicato e multa ao dirigente do Sindicato”, disse.

Renato lembrou que há muito tempo, desde 1988, o governo do Estado não pedia para multar os dirigentes sindicais, individualmente. O juiz atendeu. “Multar dirigente, nominar dirigente para ser multado, isso aí é inadmissível”, disse informando que vai continuar defendo o diálogo, a negociação e aos que lutam por melhores condiçoes de trabalho.

O parlamentar repudiou ainda a iniciativa da PGE de pedir par que o juiz encaminhasse o caso ao Ministério Público para andamento de ação penal. O magistrado não atendeu. “O nome disso é criminalizar sindicalista. Isso, sob nenhuma hipótese, é admissível em qualquer governo. É um desrespeito à livre organização, um derespeito à liberdade sindical”, protestou Rosendo acrescentando que 65% dos servidores do Estado ganham menos do que três salários mínimos.

“Não podemos continuar com práticas antissindicais”, exortou o deputado sem ser constado pelos representantes do governo na Alece.

Com informações da Ascom/Alece.