Tasso, depois da licença de 120 dias, retornou à Casa Legislativa cobrando do Governo brasileiro posicionamento sobre a guerra Rússia e Ucrânia. Foto: Reprodução/Instagram.

Em seu retorno ao Senado Federal, na manhã desta terça-feira (08), o senador Tasso Jereissati (PSDB) se posicionou sobre os ataques da Rússia contra a Ucrânia, que entrou no seu décimo terceiro dia. O parlamentar afirmou que, muitas das vezes, não tem acreditado no que vê e defendeu que o Brasil demonstre “uma posição muito clara e firme” sobre o conflito.

“Devemos exigir do Brasil uma posição muito clara e muito firme sobre isso. Não é questão de fertilizantes, é questão de civilização, de momento civilizatório em que o mundo pode retroceder, e está retrocedendo, de maneira lamentável e perigosa”, disse o tucano na abertura dos trabalhos da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal. “Sem dúvida nenhuma esse é um assunto que merece da nossa Casa, do nosso Senado, toda atenção”, acrescentou.

De acordo com o tucano, a situação atual do conflito entre Rússia e Ucrânia remete ao que o ditador alemão, Adolf Hitler, fez na Europa antes do início da Segunda Guerra Mundial.

Eu assisto à televisão, vejo o noticiário e não acredito no que estou vendo. Pensei que as cenas da Ucrânia hoje só veria em filmes, em documentários sobre a Segunda e Primeira guerras. E que bombardeios a cidades inteiras, com fugas em massa das cidades, crianças, mulheres morrendo sob forte bombardeio, não assistira em vida”, lamentou.

“Aquilo era coisa do passado, e não diria do ponto de vista ideológico, mas da forma, se assemelha ao que Hitler fez na segunda guerra, quando anexou a Tchecoslováquia depois da Áustria, dizendo que a maioria da população era alemã. E que o mundo civilizado acabou concordando, como a Inglaterra e França, para evitar uma guerra maior” – (Tasso Jereissati)

Para Tasso, porém, diferente do que aconteceu com a Alemanha Nazista, o momento agora, sob o comando de Vladimir Putin, se apresenta de forma mais violenta. “O bombardeio, o morticínio que estamos vendo, a destruição de cidades inteiras, com a população isolada, morrendo de fome, sede e sem energia. E o mundo vendo sem poder reagir, acho que com medo da bomba atômica. O mundo está retrocedendo de maneira lamentável e perigosa”.