O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, enviou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) de que sejam apuradas as circunstâncias da viagem da comitiva presidencial à Rússia, em especial dos integrantes do chamado “gabinete do ódio”, e seus reflexos sobre a integridade das eleições deste ano.
O pedido foi apresentado no âmbito do Inquérito (INQ) 4.874, que investiga as milícias digitais antidemocráticas.
Aras tem cinco dias para se manifestar sobre o requerimento.
No pedido, o senador afirma que, para a viagem oficial à Rússia e à Hungria, iniciada no último dia 14/2, a comitiva foi reduzida a pedido do país anfitrião, e três ministros deixaram de integrá-la.
No entanto, sustenta que foram mantidas “presenças questionáveis”, como a do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, e do assessor da Presidência, Tercio Arnaud, que teriam cumprido agendas “bastante estranhas em solo russo”.
Segundo Randolfe, Arnaud é conhecido como articulador de fake news.
Para o parlamentar, é necessário investigar os reais objetivos da viagem à Rússia “em momento internacional tão delicado, com uma comitiva sui generis, no início do ano eleitoral”.
Com informações da assessoria do STF.