Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Foto: Agência Senado.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que vacinação, capacidade de detecção de variantes, higiene e saúde pública são “imprescindíveis” para a retomada da economia global em tempos de pandemia.

A afirmação foi feita nesta segunda-feira (13) durante seminário promovido pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

“Todos sabemos que a contenção da pandemia, por meio da vacinação em massa, da vigilância ativa para detectar rapidamente possíveis novas variantes, e das medidas de higiene e saúde pública, é imprescindível para a retomada da economia global”, disse Queiroga.

O ministro reiterou os elogios ao Sistema Único de Saúde (SUS), ressaltando sua relevância para o combate à pandemia e os reflexos das ações na economia do país, em meio a uma crise sanitária. Destacou também a contribuição e o papel estratégico do setor de saúde para a economia.

“O setor da saúde também tem importância econômica estratégica, com crescente participação na composição do valor adicionado total da economia brasileira (7,6%), na geração de renda (9,6%) e no número total de empregos (7,1%), com um crescimento no número de postos de trabalho maior que o observado para a média da economia”, argumentou.

Segunda Dose

Para garantir a segunda dose para os brasileiros, o cálculo do Ministério da Saúde é baseado no quantitativo já distribuído aos estados para primeira dose, seguindo as orientações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). Por isso, a pasta faz um alerta: estados e municípios que não seguirem as recomendações poderão sofrer com falta de doses para completar os esquemas vacinais da população.

A recomendação foi divulgada nesta segunda-feira (13),  em um documento publicado pela pasta e encaminhado aos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao longo da campanha, o Ministério da Saúde alertou para a necessidade de seguir o PNO, para que a imunização evoluísse de acordo com o planejado em todo o país.

Nos últimos dias, alguns estados relataram falta do imunizante Astrazeneca para a segunda dose. No entanto, a distribuição do Ministério da Saúde foi feita conforme o previsto e calculada respeitando o prazo para a dose 2, que atualmente é de 12 semanas, para todas as localidades.

Entre os dias 2 de julho e 6 de agosto, foram realizadas quatro pautas de distribuição de Astrazeneca. Então, conforme pactuado entre representantes da União, estados e municípios e o PNO, deveriam ser usadas como primeira dose. Seguindo esse planejamento, o fornecimento da segunda dose para essa população está garantido, totalizando 13,8 milhões de imunizantes, que serão entregues dentro do prazo, que vence no dia 30 de setembro para o primeiro grupo. O último grupo contemplado nessas distribuições pode tomar a segunda dose até o dia 4 de novembro.

Além disso, a pasta reforça que há a previsão de entregas de mais 62 milhões de doses da Astrazeneca em 2021, o que garante a segunda dose sem prejuízos para a população.

O documento do Ministério da Saúde ainda alertou sobre as alterações das recomendações do PNO praticadas por estados e municípios durante a campanha, como usar parte dos imunizantes destinados para segunda dose como primeira dose. Esse descumprimento pode causar desabastecimento dos postos e, consequentemente, acarretar na falta de vacinas para completar o esquema vacinal da população brasileira.

A pasta segue trabalhando para que o planejamento da campanha, sempre discutido de forma compartilhada com os gestores locais do SUS mais de uma vez por semana, seja cumprido em todo o Brasil e para que todos os estados completem a vacinação da população de forma equânime.

Até agora, mais de 259,4 milhões de doses já foram distribuídas e 137,7 milhões de brasileiros tomaram a primeira dose, ou seja, 86% da população adulta. Mais de 72,7 milhões de brasileiros já tomaram a segunda dose, o que representa 45,4% da população acima de 18 anos.

Fontes: Agência Brasil e Ministério da Saúde.