O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: Reprodução/TV Câmara.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), informou que vai participar de uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para debater a proposta que regulamenta o pagamento dos precatórios.

Arthur Lira já havia proposto que as duas Casas assegurassem um rito mais célere do texto para que a PEC fosse aprovada rapidamente.

“É imperioso que se chegue a uma solução. O que está posto [cumprimento da decisão judicial] vai impactar o Orçamento, é imperioso que se discuta e se encontre uma saída. Eu sempre defendo a tese de não haver rompimento do teto, devemos discutir uma trava”, explicou o presidente.

Fake news

Lira também comentou sobre o envio ao Congresso, pelo Poder Executivo, do projeto de Lei que dificulta a remoção de conteúdos falsos na internet pelas plataformas. Segundo ele, projeto de lei sempre é a melhor saída. Há 15 dias, o governo editou uma Medida Provisória nos mesmos termos e que foi devolvida pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco.

Na Câmara, um Grupo de Trabalho debate o Projeto de Lei 2630/20, que institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. O projeto, do Senado, cria medidas de combate à disseminação de conteúdo falso nas redes sociais e nos serviços de mensagem privada. Segundo Lira, o projeto do governo, que vem com pedido de urgência constitucional, vai servir de incentivo para o grupo concluir seu trabalho.

Reforma administrativa

Lira também afirmou que vai se encontrar com o relator da Reforma Administrativa, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM/BA), e os líderes partidários para debater a votação da proposta. O texto deve ser votado na Comissão Especial ainda esta semana. Segundo Lira, o texto precisa estar afinado para ser aprovado no Plenário, “pois é um tema que precisa de 308 votos no Plenário”.

Aumento do IOF

Lira afirmou que o decreto do presidente Bolsonaro que elevou temporariamente alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários) não foi discutido com os deputados.

Apesar de encarecer o crédito, a elevação do IOF deve render aos cofres públicos R$ 2,14 bilhões, segundo o Executivo. As novas alíquotas valem desde a última sexta-feira (17). Segundo Lira, o Legislativo não pode rever a decisão, já que decretos não tramitam pelo Legislativo.

“Decreto não passa por tramitação na Casa, não foi conversado nem na Câmara nem no Senado. É uma decisão que a Câmara e o Senado podem rever depois. Mas não posso falar sobre hipótese”, afirmou Lira.

Fonte: Agência Câmara.