Ronivaldo Maia apontou o presidente Bolsonaro como culpado por atraso na aquisição de vacinas contra a Covid-19. Foto: CMFor.

A aquisição de vacinas para a imunização da população contra a Covid-19 continua norteando pronunciamentos durante as sessões da Câmara Municipal de Fortaleza. Na manhã desta quarta-feira (04), o vereador Sargento Reginauro (PROS) lamentou que o imunizante russo Sputnik V não tenha chegado ao Ceará, ainda que tenha tido as datas confirmadas pelo governador Camilo Santana.

O parlamentar apontou algumas datas citadas pelo governador como aquelas nas quais as vacinas chegariam ao Estado, num total de 5, 9 milhões. “Em março, ele disse que estava chegando. Depois disse que seria em junho. Em junho ele reafirmou e depois disse que seria no fim de julho. Só que a Rússia suspendeu o envio da vacina ao Brasil”, lembrou.

O opositor citou, ainda, que respiradores comprados pelo Consórcio Nordeste também não foram liberados. “Não chega vacina, não chega respirador. Não sei qual o problema dos gestores no Ceará. Graças a Deus estamos vacinados, mas não foi por conta do esforço, do empenho, do dinheiro do Governo do Estado do Ceará ou da Prefeitura de Fortaleza”.

Em defesa do governador Camilo Santana, o vereador Ronivaldo Maia (PT) disse que o dever da aquisição dos imunizantes passa pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que só demonstrou interesse na vacinação da população após pressão da sociedade. De acordo com o petista, o chefe do Executivo estadual está em busca de outra vacina para imunizar os cearenses. “Tudo o que ele puder fazer é bom para o Estado. Porque se dependesse do seu presidente Bolsonaro, a gente estaria em situação pior”, disparou.

Léo Couto (PSB) também criticou as falas de Reginauro e disse ficar impressionado com o novo posicionamento de parlamentares da ala bolsonarista em defesa das vacinas. “É notória a dificuldade que o presidente empreendeu na compra da vacina. Todos os governadores e prefeitos tinham vontade de adquirir a vacina e o presidente colocava dificuldade”, lembrou.