Lira é acusado de receber propinas pagas pela construtora Queiroz Galvão ao Partido Progressista. Foto: Reprodução.

A Procuradoria-Geral da República se manifestou pelo arquivamento de uma denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), acusado de corrupção passiva em um processo sobre supostas propinas pagas pela construtora Queiroz Galvão ao Partido Progressista. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

O documento é assinado pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, e foi encaminhado na segunda-feira (12) ao ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal, relator da ação.

“No conjunto probatório a calçar a denúncia estava patente uma dissonância vigorosa entre as narrativas apresentadas pelos colaboradores Alberto Youssef e Carlos Alexandre de Souza Rocha quanto ao destino dos valores ilícitos pagos pela Construtora Queiroz Galvão. Não obstante, não consta na planilha de controle do ‘caixa de propina’ à disposição do Partido Progressista nenhuma informação de que os referidos valores seriam destinados ao investigado Arthur Lira”, disse a PGR.

A manifestação foi apresentada depois que a defesa de Lira entrou com embargos de declaração contra uma decisão de Fachin que negou o arquivamento da denúncia.

Anteriormente, no âmbito do mesmo processo no Supremo, a PGR já havia se manifestado pelo arquivamento integral do caso. O pedido foi deferido quanto aos deputados Aguinaldo Ribeiro (PP/PB) e Eduardo da Fonte (PP/PE) e ao senador Ciro Nogueira (PP/PI), todos investigados no mesmo processo. As imputações contra o presidente da Câmara, no entanto, foram mantidas.

Fonte: site ConJur.