Segundo o cearense, 8 mil armas de fogo adquiridas legalmente foram parar nas mãos de criminosos em 2019. Foto: Agência Senado.

Em pronunciamento nesta terça-feira (15), o senador Eduardo Girão (Podemos) criticou a decisão do governo Bolsonaro de estabelecer alíquota zero para a importação de armas de fogo, lembrando que o país agora enfrenta as consequências sanitárias, econômicas e sociais da pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

“Então, quando a gente tem o aumento de preços da cesta básica, dos remédios, poderia ser estudada alguma coisa ali, de diminuição de impostos, e não de redução em armas de fogo. Essa não é a prioridade do momento”, afirmou.

A isenção de impostos sobre a importação de armas de fogo foi suspensa pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão que ainda será analisada pelo pleno do STF.

Girão destacou que não se posiciona como governista ou de oposição, mas “a favor do Brasil”. Nesse sentido, o senador enumera uma série de aspectos positivos no governo Bolsonaro e também se opõe a medidas que considera negativas, como é o caso da insistência na liberação das armas de fogo para particulares.

Ele citou dados que indicam que somente em 2019 quase 8 mil armas de fogo adquiridas legalmente foram parar nas mãos de criminosos.

Além disso, os R$ 230 milhões que o governo deixaria de arrecadar com a alíquota zero dariam para montar, segundo o cearense, 1.277 leitos de UTI, para pagar 92 mil diárias extras de UTI, além de 10 milhões de kits médicos com todos os produtos utilizados no combate ao novo coronavírus.

Com informações da Agência Senado.