Dr. Aloísio era correligionário do vereador assassinado e disse andar com segurança por temer ameaças sofridas. Foto: ALCE

A execução do vereador vereador do Crato Erasmo Morais, ocorrida na terça-feira (07), reacendeu a discussão sobre o clima de violência no Ceará. Durante sessão plenária na Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (08), deputados de oposição voltaram a criticar a falta de um plano de Segurança Pública que garanta, de fato, a segurança da população.

Além do caso envolvendo a morte de Erasmo Morais, os parlamentare também lembraram o assassinato do vereador de Camocim, na Região Norte, César Veras, que foi atacado por um garçom, enquanto almoçava em um restaurante, no dia 28 de abril passado. De acordo com os opositores não houve uma resposta da Polícia sobre os reais motivos do ataque.

O tema foi levado à tribuna pelo deputado Sargento Reginauro (UB), que afirmou estar representando o deputado Dr. Aloísio (UB), aliado do vereador assassinado no Crato, que se ausentou da sede do Legislativo para acompanhar o velório do correligionário. “Encontraram 47 cápsulas de fuzil e pistola, onze, parece, atingiram o vereador. Não foi uma execução qualquer. Um fuzilamento de uma figura pública, que estava prestando um serviço importante à população”, apontou.

Através da plataforma digital, Dr. Aloísio participou da sessão. Ele esteve em delegacia realizando um Boletim de Ocorrência. O parlamentar afirmou que foi perseguido por um carro no sábado à noite e que desde 2020 anda com segurança particular. Segundo informou, o vereador assassinado fazia oposição à gestão atual no Município da Região do Cariri.

Reginauro solicitou à Casa segurança para o parlamentar, visto sua relação com Erasmo Morais. “Ano passado foi assassinado um servidor da Justiça em Granja, que foi procurador do Município à época em que o deputado Romeu Aldigueri foi prefeito. Houve uma força tarefa e o crime foi investigado. Está ai, outro assassinato grave de um político e até agora, nada”, pontuou.

Cláudio Pinho (PDT) lembrou que no período de 10 dias dois vereadores foram assassinados no Ceará. “Agora, chegou ao ponto dos homens públicos. No dia do assassinato dentro do IJF, duas horas depois tínhamos a resolução do problema. O de Camocim, ninguém sabe. Até onde vai essa apuração e os interesses para elucidar o fato, para tranquilizar os políticos? Será que vai ter que ter um deputado assassinado para resolver o problema?”, questionou.

Camocim

Amigo pessoal do vereador César Veras, o deputado Sérgio Aguiar (PDT) retornou aos trabalhos da Casa Legislativa na manhã desta quarta-feira e também se debruçou sobre o ocorrido com o parlamentar de Camocim. “Depois de algum tempo sem vir a essa tribuna, vocês sabem do fato lamentável que aconteceu, que foi o brutal assassinato do vereador César Veras, meu amigo, meu irmão”, disse.