Heitor Férrer disse esperar que o Governo do Estado explique para onde irão esses novos comissionados e a real necessidade deles.. Foto: ALECE

O deputado Heitor Férrer (SD) criticou, durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (03), a criação de 91 cargos comissionados pelo governo do estado, prevista na mensagem enviada pelo Poder Executivo para a Casa para a criação da Plataforma de Modernização do Governo.

Para Heitor Férrer, o Governo usa a boa imagem do secretário de Saúde, Dr. Cabeto, e a necessidade de modernização da saúde, para sustentar a criação desses novos cargos, mas, “sem a formalização dos que devem ser alocados nessa secretaria, será gasto de dinheiro público”, criticou.

“O Governo do Estado aproveita a matéria que todos nós aqui estamos aplaudindo, na expectativa de que ela melhore muito a saúde pública do estado – Plataforma de Modernização da Saúde – e, dentro de uma outra matéria para criar os cargos para a Secretaria da Saúde, o governo aproveita e discretamente cria 91 cargos comissionados, saindo do nível DAS, que paga R$ 1400, para o nível DNS, que é quase R$ 5mil”, disse o deputado ao blog, alegando que, além de extinguir 30 cargos e criar outros 91, o governo está aumentando o valor de representação deles para os cofres públicos. “Isso é brincar com o dinheiro público e a situação do estado não permite isso, tanto é que ele (governo) não deu aumento aos servidores públicos”, concluiu Heitor.

Retirada do poder do Legislativo

O deputado critica ainda a tentativa de mudar a lei aprovada no final de 2018, que determinava que os cargos de direção do Instituto de Saúde do Estado do Ceará (ISSEC) – plano de saúde para os servidores estaduais – tem que passar pela aprovação da Assembleia Legislativa. “Ele (governador) está nos tirando essa prerrogativa, está dizendo que agora quem vai nomear é ele, sem a análise do Legislativo. Isso é tirar a prerrogativa do nosso poder”, lamentou ao blog o deputado.