Renato Roseno fez duras críticas à política ambiental praticada pelo governo Jair Bolsonaro. Foto: ALECE

O deputado Renato Roseno (PSOL) convocou, durante a ordem do dia da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta sexta-feira (23), a população de Fortaleza para o ato em defesa da Amazônia, neste sábado (24), na Praça Portugal, a partir das 16h. Segundo o parlamentar, diversas entidades civis e ambientalistas realizarão esse ato na capital cearense. Amanhã, várias cidades do mundo vão se juntar em uma defesa da Amazônia, que está ardendo, literalmente. Aumenta o desmatamento e, agora, o aumento exponencial das queimadas. Tudo isso autorizado pelo governo federal brasileiro”, explicou ao blog.

Renato afirma que o mundo inteiro está se somando às vozes em defesa deste patrimônio nacional. Para o deputado, o aumento exponencial das queimadas na Amazônia é um crime ambiental não apenas contra o meio ambiente, é um crime contra a humanidade. “A Amazônia é hoje um pulmão para o mundo e um ecossistema que recebe diferentes etnias e comunidades tradicionais, mas está sendo alvo de uma sanha lucrativa e destruidora de madeireiros e pecuaristas, que se sentem autorizados pelo presidente da República a ampliar o desmatamento”, apontou Roseno.

Reflexos na imagem do país

Para Roseno, as queimadas na Amazônia devastam a imagem do país pelo mundo. “O Brasil vai ter que, sem dúvida alguma, mudar o panorama de sua política ambiental. Hoje nós temos um ministro ‘anti-meio ambiente’, que inclusive é condenado por improbidade administrativa. Ele dedica-se à piorar a já frágil fiscalização ambiental, obviamente que isso tem um reflexo terrível na comunidade internacional”, disse o parlamentar ao blog, referindo-se ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O deputado afirma que governo federal busca desacreditar os chefes de governo de estado que criticam a devastação da Amazônia, mandando-os cuidar do meio ambiente de seus países. “Devem fazê-lo assim como nós devemos nos preocupar. A natureza não tem fronteiras, o ar não tem fronteiras, o oxigênio não tem fronteiras, o clime não tem fronteiras. Por isso mesmo essa é uma questão que envolve o Brasil, mas também envolve a humanidade”, concluiu.

Renato Roseno fala da necessidade de o Brasil mudar a política ambiental; ouça: