O Ministério Público Eleitoral, no Ceará, representado pela promotora Sandra Viana Pinheiro, começa a investigar o abuso de poder político e econômico, que estaria sendo praticados pelo deputado estadual Evandro Leitão, na sua campanha para sair candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza, nas eleições municipais deste ano.

Ela endereçou uma correspondência à diretoria Administrativa e Financeira da Assembleia Legislativa cearense, dando um prazo de dez dias “para remessa das informações e documentação ora requeridas”. Ela pediu a “documentação referente aos contratos fechados e a execução orçamentária referentes aos equipamentos doados, desde a edição da Lei Estadual nº 13.336, de 30/03/2023, republicada por incorreção em 05/04/2023, bem como do possível cronograma de entrega dos equipamentos destinados às cozinhas comunitárias“.

Questionamentos quanto à atuação do presidente da Alece

Em várias oportunidades, neste espaço, levantamos questionamentos sobre o abuso de poder político e econômico do presidente da Assembleia, atropelando a tudo e a todos para satisfazer a sua obstinação de ser candidato a prefeito de Fortaleza, neste ano.

Nesse desiderato, o presidente da Assembleia superlota a Casa Legislativa com os empregos de cabos eleitorais (comissionados), muito bem remunerados, lotados em grupos de trabalho que nada produzem, pois não há informações sobre o produzido por eles. Evandro Leitão, não contente em expandir o seu raio com o abuso do poder político, aproveitando-se do gordo orçamento do Poder Legislativo, inventou de distribuir cozinhas, tomando para a Assembleia, uma atribuição que deveria ser do Poder Executivo. Cozinhas foram distribuídas para alguns dos seus correligionários do PT, para fortalece-lo internamente no partido.

Aqui, também, dissemos que só o Ministério Público Eleitoral agiria, no sentido de fazer o Evandro Leitão, senão parar de abusar política e eleitoralmente, pelo menos inibiria a sua volúpia, pois o Ministério Público estadual está de olhos fechados para as inúmeras agressões à Lei, por parte do presidente da Assembleia. O Ministério Público Eleitoral existe com os promotores de Justiça, mas sob o comando de um Procurador da República, sem nenhuma dependência dos poderes do Estado, portanto, livre para sua atuação plena.