Anízio Melo (de branco) foi atacado com cadeiras lançadas. Foto: Print do vídeo do tumulto.

Depois de muita confusão, a Assembleia Geral do Sindicato Apeoc, realizada na noite dessa quinta-feira (4) no Ginásio Aécio de Borba, em Fortaleza, terminou em pancadaria. A entidade publicou nota de protesto contra o grupo a quem chamou de “arruaceiros covardes e antidemocráticos”.

A reunião foi interrompida sem deliberações, mas mesmo assim a presidência diz que o “estado de greve” continua. Tudo começou quando o presidente Anízio Melo colocou em votação proposta de 10% a 15% aos professores efetivos, de 12% a 17% aos professores doutores, de 7,3% aos temporários e de 5,62% aos aposentados e aqueles que estão no estágio probatório.

 

Lei a nota na íntegra:

“Vimos a público nos manifestarmos acerca dos atos criminosos praticados por uma minoria truculenta composta por arruaceiros covardes e antidemocráticos, que, por meio da violência explícita, colocaram a vida de diversas pessoas em risco na Assembleia Geral da categoria, no dia de hoje (4).

A Assembleia foi deliberadamente interditada e implodida pela referida horda quando a Presidência da entidade tentava encontrar uma proposta de medição para dar continuidade à nossa luta de forma ampla e unificada.

As ameaças e truculências que ocorreram antes e durante a Assembleia, bem como o ódio manifestado no cerceamento das falas, foram práticas que culminaram com o ataque à vida e à democracia.

Nos momentos finais da Assembleia, os criminosos arremessaram diversas cadeiras e jogaram vários objetos contra as cabeças dos membros de nossa direção e demais pessoas, que estavam de costas se dirigindo à saída do Ginásio Aécio de Borba.

As cenas lamentáveis e inadmissíveis de selvageria, que circulam nas redes sociais envergonham a nobre profissão que exercemos e maculam a imagem da categoria dos profissionais do magistério perante a sociedade.

Nossa categoria não deve ser confundida com o banditismo, pois ela é majoritariamente formada por cidadãos exemplares, que exercem suas funções com excelência e fazem com que nosso estado seja destaque nacional nos índices educacionais.

Cabe destacar que a presença de sujeitos que não pertencem à categoria no local da Assembleia demonstra claramente o objetivo de um setor oportunista, que, para a construção de palanques de oposição sindical e eleitorais, não medem esforços para implodir a realização de nossas Assembleias, fato este que não é inédito.

A direção do Sindicato APEOC deixa bastante claro que a luta continua e que está mantido o estado de greve. Vamos realizar a nossa Assembleia Geral em todo o estado do Ceará, garantindo a legitimidade e a legalidade de todas as nossas ações e decisões.

Temos certeza que os maiores avanços de valorização dos profissionais da educação em rede estadual do Brasil devem continuar. Deixamos muito claro que não seremos palanque para oposição nem colchão para a situação.

Por fim, nos solidarizamos com todas as vítimas das absurdas e covardes agressões e afirmamos que tomaremos todas as medidas judiciais cabíveis para responsabilizar cada um dos agressores.

A luta continua. Fascistas não calarão a nossa voz!”