Welington Saboia destaca o trabalho na formação de chapas com potencial de disputa para as eleições no Ceará. Foto: Reprodução/TVCMFor.

Citando matéria do Blog do Edison Silva, o vereador de Fortaleza, Welington Saboia (PMB), enalteceu a importância do fim das coligações proporcionais para o sistema eleitoral brasileiro. De acordo com o parlamentar, a medida fará com que potenciais candidatos se dediquem mais a montar chapas robustas, dialogue com eventuais postulantes e esteja vivendo o dia a dia da realidade do eleitorado.

Saboia também destacou o papel dos suplentes na eleição de titulares de mandatos eletivos nas casas legislativas.

“Repercutiu no Blog do Edison Silva a questão do sepultamento das coligações. Eu que faço política partidária cotidianamente, acredito ser importante o fim das coligações. Isso fortalece os partidos e a necessidade de quem trabalha com a legenda para fomentar novas lideranças”, defendeu.

Sepultada a ideia da volta das coligações proporcionais para 2022

De acordo com ele, com o fim das coligações para as eleições proporcionais, lideranças partidárias acabam por fazer um trabalho com mais empenho. Saboia acredita que, a partir de agora, caso a legislação entre em vigor até início de outubro próximo, poderá ocorrer no Congresso Nacional o que já acontece na Câmara Municipal de Fortaleza, que é a ausência de partidos tidos como robustos.

O MDB, por exemplo, não conseguiu eleger um nome para o Legislativo da Capital cearense.

“Com o fim das coligações proporcionais, os deputados federais têm que passar pelo que passamos: trabalhar, conversar todos os dias, montar chapa. A premissa é estar no partido. É necessário que os deputados passem por aquilo que eles próprios criaram e eu acredito que com isso os partidos saem mais fortalecidos” – (Welington Saboia)

“Isso pode acontecer por falta de trabalho. Essa Legislação foi aprovada em 2017, já deveria ter ocorrido em 2018, mas postergaram. Eles jogaram as eleições municipais como laboratório e nós fomos as cobaias. Muitos deles viram as dificuldades para eleição e estão preocupados com sua recondução”, apontou.

Para o vereador Márcio Martins (PROS), a decisão do Senado Federal fará com que pessoas das mais diversas castas possam ingressar na vida pública. O parlamentar também criticou o fato de os candidatos a vereador terem sido submetidos à disputa eleitoral sem coligação proporcional enquanto que alguns deputados federais, agora, queriam mudar as regras. “Com esse formato, muitos caciques não voltariam para o Congresso. Isso é um dispositivo que vai permitir renovação na política”, defendeu.

Welington Saboia, por sua vez, destacou a importância de dar espaço aos suplentes. Em sua avaliação, somente o vereador Ronaldo Martins (Republicanos), eleito com mais de 30 mil votos, não contou com a ajuda de auxiliares para sua eleição. “Todos os demais necessitaram do conjunto de candidatos para poder ter um assento aqui. Muitas vezes isso é esquecido. Nosso partido abriu espaço para um suplente e devemos fazer isso de novo. O PROS faz isso muito bem e o PDT em nível municipal também mostra compromisso com seus suplentes”.