Ailton Lopes lamentou a saída de quadros nacionalmente relevantes para o partido. Foto: Divulgação.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) tem metas claras e ousadas para 2022. De acordo com o presidente da legenda no Ceará, Ailton Lopes, a agremiação tem o objetivo de manter o assento que possui atualmente na Assembleia Legislativa e tentar, mais uma vez, eleger ao menos um deputado federal para a Câmara dos Deputados.

Atualmente, o partido possui apenas um deputado estadual, Renato Roseno, que pode vir a ser o nome da legenda para a disputa a uma das 22 cadeiras da bancada cearense na Câmara Federal. Roseno já tentou a vaga na Câmara dos Deputados, em 2010, e mesmo obtendo mais de 100 mil votos não foi eleito por não ter atingido o chamado quociente eleitoral.

“Pretendemos manter o mandato estadual que é ocupado pelo Renato. Não sabemos se ele será candidato à reeleição ou se tentará disputa a deputado federal”, disse Ailton Lopes ao Blog do Edison Silva, destacando que essa discussão ainda está incipiente dentro da legenda.

“Pretendemos manter ou ampliar para dois mandatos na Assembleia e conquistar uma vaga na Câmara Federal. Não sabemos como faremos do ponto de vista da candidatura, mas teremos vários candidatos em uma chapa que honre compromissos públicos com a classe trabalhadora”, explicou.

O dirigente também ressaltou que as mudanças ocorridas no PSOL em nível nacional não devem afetar os planos do partido no Ceará. Ele se referia a saída de alguns quadros da legenda, dentre eles o deputado federal Marcelo Freixo de São Paulo, que ingressou no PSB. Para Ailton, a aliança do grêmio estadual continuará sendo no campo da defesa dos direitos dos trabalhadores, da ética pública e transformação social. “Nem com essa direita que sempre votou contra os trabalhadores e nem com a extrema-direita. Sempre com uma esquerda que se compromete com o povo trabalhador, com os interesses da classe trabalhadora”, enfatizou.

Segundo ele, a movimentação ocorrida em nível nacional se deve a diferenças políticas já que Freixo e seus aliados defendem um arco de aliança com outras agremiações, que na visão de Ailton Lopes se empenharam em aprovar reformas que foram de encontro aos interesses dos trabalhadores. “A gente sabe que a prioridade no momento é derrotar esse desastre que é o Governo Bolsonaro. Mas isso não deve ser feito aliando-se a oligarquias corruptas, como no caso de Renan (Calheiros) e (José) Sarney.

“A saída desses companheiros do partido se deve ao fato de quererem fazer aliança com quase qualquer um. Por isso se deu a saída do Freixo e alguns poucos. Lamento” – (Ailton Lopes)