Essa é a primeira peça orçamentária elaborada na gestão do prefeito Sarto. Foto: Divulgação.

Os vereadores de Fortaleza aprovaram, na tarde desta quinta-feira (10), o projeto da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022 para a cidade. Apesar de ter recebido 33 emendas parlamentares, somente três delas foram deliberadas em discussão na comissão mista e aprovadas no Plenário Fausto Arruda.

Alguns parlamentares de oposição criticaram o fato de muitas das sugestões feitas não terem sido acatadas. No entanto, o líder do Governo, o vereador Gardel Rolim (PDT), ressaltou que a maioria das emendas se repetia nos temas. Na avalição dele, as três que foram aprovadas atendiam às demandas de seus pares.

Ele também apontou que 2022 será um ano de desafios consideráveis para a gestão do prefeito Sarto, visto que a cidade de Fortaleza está passando pelo segundo ano consecutivo de pandemia, onde as receitas têm diminuído e as despesas aumentado.

Será um orçamento extremamente desafiador. Estamos no segundo ano da maior crise sanitária do nosso País e atravessando uma crise financeira e econômica. As receitas da Prefeitura estão diminuindo cada vez mais e os custos aumentando por conta da pandeia”, explicou.

Segundo ele, somente para o custeio da vacinação dos fortalezenses foram destinados mais de R$ 3 milhões, além dos gastos com os mais de 900 leitos abertos. “Temos um desequilíbrio e a LDO deixa claro que vamos proteger os vulneráveis, garantir transparência. Mesmo com o desafio fiscal, econômico e financeiro, temos um orçamento que vai manter o funcionamento dos espaços públicos, garantir investimentos na periferia e bairros que mais precisam”, pontuou.

O vereador Guilherme Sampaio (PT) destacou que nos últimos quatro anos a LDO tem sido aprovada sem muitas polêmicas, haja vista estabelecer diretrizes técnicas para elaboração do orçamento. No entanto, ele reclamou que boa parte deste orçamento é comprometido com gastos obrigatórios e da não aprovação de emendas que são apresentadas pelo Legislativo à peça orçamentária.

Adriana Nossa Cara (PSOL) também lamentou que suas sugestões não tenham sido aprovadas, o que para ela se refletirá em mais pessoas esquecidas pela gestão.

“Mais uma vez o texto não traz uma linha sobre como a Prefeitura planeja a retomada da economia, o auxílio às famílias mais necessitadas. Outra questão que esperamos que avance é dar maior transparência dos gastos”, disse Sargento Reginauro (PROS).

Márcio Martins (PROS) disse ter apresentado três emendas, mas elas não foram aprovadas na comissão mista. “Tem que ter um zelo maior com nosso ato de legislar. A desfeita é com o parlamento que poderia ter contribuído melhor. Poderíamos ter uma LDO mais justa e transparente”, lamentou.