Matéria iniciou tramitação no dia 20 de janeiro, mas só foi aprovada nesta semana, quase quatro meses depois. Foto: Reprodução/Youtube.

Os vereadores de Fortaleza aprovaram projeto de Lei que inclui os trabalhadores e alunos da rede pública municipal de Educação na primeira fase do Grupo Prioritário do Programa Emergencial de Vacinação para o combate e erradicação da Covid-19. A matéria foi aprovada no momento em que a Prefeitura já inicia a terceira fase de vacinação, que contempla pessoas com comorbidades e deficiência permanente grave.

Atualmente, de acordo com o Plano Municipal de Imunização contra a Covid-19, trabalhadores da Educação do Ensino Básico, que incluem creches, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio e profissionalizante, estão na 4ª fase. Vale ressaltar que os insumos têm sido insuficientes para os grupos prioritários, o que, inclusive, foi motivo de reclamação por alguns vereadores durante sessão virtual na quinta-feira (06).

O projeto aprovado pela Câmara de Fortaleza é de autoria do vereador Lúcio Bruno (PDT), e iniciou tramitação na Casa Legislativa no dia 20 de janeiro, sendo aprovado somente nesta semana. O pedetista destacou que, caso haja retorno das aulas presenciais sem a imunização de professores, colaboradores e alunos, há possibilidade de que as 260 mil pessoas da rede de ensino possam contaminar até 1 milhão de fortalezenses com o novo coronavírus.

“A gente tem que ter muito cuidado e zelo com nossas crianças e nossos profissionais da Educação”, disse ele ao parabenizar a juíza da 3ª Vara da Infância, Mabel Viana Maciel, por ter negado pedido de retorno das aulas presenciais em Fortaleza.

O vereador Guilherme Sampaio (PT) destacou que os professores estão se esforçando cotidianamente para viabilizar a permanência dos alunos em contato com a rede municipal de educação, buscando minimizar as perdas decorrentes da ausência das aulas presenciais.

Segundo ele, estudos revelam que a situação da pandemia fará com que haja atraso de 1 ano e três meses no processo educativo e que, caso não ocorram medidas mais efetivas para garantia das aulas presenciais, o País corre o risco de retornar ao desempenho escolar da década de 1960.

“A Câmara Municipal manda um recado de que nós estamos legislando em nosso tempo. É fundamental que se vacine o quanto antes os educadores e educadoras e os trabalhadores envolvidos no processo de Educação do nosso Município”, afirmou o vereador Ronivaldo Maia (PT).