Enfermeira Ana Paula afirmou que dará entrada em uma ação civil pública para garantir a vacinação para todos os profissionais. Foto: CMFor.

Vereadores de Fortaleza protestaram, durante sessão extraordinária virtual, na manhã desta terça-feira (23), de decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª (TRF-5) que suspendeu vacinação de profissionais da Saúde fora da linha de frente no Ceará.

Enfermeira Ana Paula (PDT), inclusive, afirmou que entrará com uma ação civil pública para garantir a imunização desses trabalhadores.

A decisão da Justiça atendeu a uma solicitação conjunta dos ministérios públicos Estadual, Federal e do Trabalho com sede no Ceará.

Danilo Lopes (Podemos) lembrou que há um plano de vacinação do Governo Federal que, em nota técnica, assegura a vacinação de outros grupos após a finalização da imunização dos profissionais de saúde. Conforme informou, apesar de mudança na legislação não se furtará da função de atuar na área.

Enfermeira Ana Paula também destacou ser favorável à legalidade, sendo defensora dos princípios da administração pública. No entanto, destacou que o Conselho Regional de Enfermagem entrou como terceiro interessado no caso e dará entrada em uma ação civil pública para garantia da vacinação para todos os profissionais de saúde.

“A vacinação de nossos idosos é importante, mas os profissionais precisam estar habilitados e vacinados”, defendeu. Professor Enilson (Cidadania) disse que a Justiça retirou o direito daqueles que também merecem ser imunizados sem apresentar um embasamento sobre a decisão.

“Não sei qual parâmetro eles utilizaram. Em alguns países até forças de segurança são da linha de frente. Os profissionais de fisioterapia, por exemplo, saem de uma casa a outra para atender pacientes e é importante que eles fiquem imunes”, defendeu Enilson.

A vereadora Cláudia Gomes (DEM) lembrou que fisioterapeutas estão atendendo idosos em casa, bem como pacientes que não podem se deslocar para atendimento. Segundo ela, alguns médicos estão colocando a fisioterapia respiratória como procedimento importante na recuperação das pessoas acometidas por Covid-19.

“Já existem casos de colegas que estão deixando de fazer os serviços porque não foram vacinados. A Justiça precisa ter sensibilidade de não parar a vacinação para esses profissionais. Eles precisam ser vacinados porque os pacientes necessitam deles”.