Moro está sendo investigado por suspeição nos processos envolvendo o ex-presidente Lula. Foto: Agência Brasil.

Sete ex-ministros da Justiça assinaram um manifesto pedindo que o Supremo Tribunal Federal retome o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos contra o ex-presidente Lula.

O documento foi lançado na última segunda-feira (08).

Aderiram ao texto ministros dos últimos quatro governos anteriores ao de Jair Bolsonaro. São eles: José Carlos Dias, José Gregori e Renan Calheiros (Fernando Henrique Cardoso); Tarso Genro (Lula); Eugênio José Guilherme de AragãoJosé Eduardo Cardozo (Dilma Rousseff); e Torquato Jardim (Michel Temer).

O documento, originalmente, contém as assinaturas de políticos como Ciro Gomes (PDT), Rodrigo Maia (DEM), Eduardo Paes (DEM), Marta Suplicy (sem partido) e Aécio Neves (PSDB). Artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil e Zeca Pagodinho, também apoiaram a iniciativa.

Os advogados Pedro Serrado, Marco Aurélio de Carvalho, Carol Proner e a desembargadora aposentada Kenarik Boujikian também estão entre os que assinaram o manifesto.

“As violações ao direito a um julgamento justo não implicam em singelos desvios procedimentais, mas em severa lesão à própria democracia constitucional”, diz trecho do texto.

Suspeição

A segunda turma do STF retomou o julgamento da suspeição na terça-feira (09). Nele, os ministros decidem se Moro deve ser considerado suspeito pelo julgamento e sentença de Lula no caso do tríplex do Guarujá.

Há também pedidos de extensão para que a suspeição seja aplicada aos processos do sítio de Atibaia e em duas ações envolvendo o Instituto Lula.

Edson Fachin e Cármen Lúcia já haviam votado contra a suspeição em dezembro de 2018, quando Gilmar Mendes pediu vista. Na terça-feira (09) Gilmar deu voto vista favorável à suspeição e foi seguido pelo ministro Ricardo Lewandowski. Nunes Marques, o mais novo integrante da Corte, no entanto, pediu vista.

Com informações do site ConJur.