Wilson Witzel está afastado do cargo sob suspeita de desvios de dinheiro da saúde. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.

O Tribunal Especial Misto aguarda a notificação do Superior Tribunal de Justiça e a quebra do sigilo da ação em tramitação na Corte para dar continuidade ao julgamento do impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

O STJ aceitou, na quinta-feira (11), denúncia contra Witzel pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em desvios na área da saúde. Além disso, os ministros mantiveram seu afastamento do cargo por mais um ano.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, concedeu, em dezembro, liminar favorável a Witzel, determinando que o interrogatório do réu só poderia acontecer após sua defesa ter acesso aos documentos e autos remetidos pelo STJ, incluindo a delação premiada do ex-secretário de Saúde, Edmar Santos, que terá que ser novamente ouvido.

O Tribunal Especial Misto, presidido pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, é composto pelos desembargadores: Teresa Castro Neves, Maria da Glória Bandeira de Mello, Inês da Trindade, José Carlos Maldonado e Fernando Foch e pelos deputados estaduais Waldeck Carneiro (PT), relator do processo, Alexandre Freitas (Novo), Chico Machado (PSD), Dani Monteiro (Psol) e Carlos Macedo (REPUBLICANOS).

Após a retomada do processo, o presidente do Tribunal Especial Misto e do TJ-RJ marcará sessão para que Edmar Santos possa prestar depoimento novamente e para o interrogatório do governador afastado.

Fonte: site ConJur.