O historiador é defensor da democracia e dos movimentos sociais. Foto: Reprodução/YouTube.

O advogado e historiador Evaldo Lima (PCdoB) está em seu segundo mandato como vereador de Fortaleza. Atualmente, afirma estar vivendo em “tempos absurdos” em uma “terra de ninguém”, onde as fake news (notícias falsas), pós-verdades e “verdades alternativas” pairam.

Para o pleito municipal que ocorrerá no mês de novembro, o vereador acredita que a união entre as forças da esquerda, partidos de centro e campos progressistas, poderão combater o avanço do candidato “bolsonarista” na Capital.

“Aqui o Bolsonaro tem uma representação, e a representação do bolsonarismo é o Capitão Wagner. A gente precisa fazer uma união entre as outras forças do campo democrático, progressista, da esquerda”, sugeriu.

Evaldo completa o pensamento declarando que os movimentos de esquerda precisam ser mais amplos. “Eu não me refiro a uma frente de esquerda. Eu me refiro a uma frente ampla, civilizatória e organizacional contra a barbárie. A gente não está vivenciando uma normalidade democrática”, analisa.

Papel de vereador

Lima afirma que seu papel como edil é abrir veredas na cidade, elaborar leis, fiscalizar o Poder Executivo municipal e ser sensível às dores de seu povo. A primeira sessão presencial na Câmara Municipal de Fortaleza, após a paralisação provocada pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19), realizada nesta quarta-feira (05) foi, para ele, diferente de tudo vivido antes, sem “o charme, o encanto do parlamento” que são as reuniões populares, de servidores públicos e de representantes do povo.

“Mesmo com a volta das sessões presenciais, ainda é uma Câmara diversa porquê falta o elemento fundamental: a pressão popular. Falta a presença do povo”, disse.

Menos força

A pujança do PCdoB foi vista em outras épocas. O nome “Partido Comunista do Brasil” fará 100 anos em 2022. A agremiação, que já teve Inácio Arruda como senador pelo Ceará e dois deputado federais representando o Estado numa mesma legislatura – a 54° com João Ananias e Chico Lopes – vem tendo pouco apelo nas urnas em pleitos recentes. Evaldo afirma que o recrudescimento de ideias à direita, conservadoras, e que flertam com o autoritarismo no Brasil, assim como nos Estados Unidos, Ucrânia, Polônia e Índia, fez o partido perder espaço.

Mesmo com a maré contrária, o vereador defende a sigla que está representada em movimentos sociais e existe uma renovação nos quadros do partido. Essa tese é defendida pelo vereador citando os nomes de Flávio Dino, governador do Maranhão; e Manuela D’Ávilla, pré-candidata à Prefeitura de Porto Alegre (RS).

Confira a entrevista do vereador Evaldo Lima ao jornalista Edison Silva: