Pré-candidatos buscam apoio para seus pleitos mesmo em meio à pandemia de coronavírus. Foto: Paço Municipal – Divulgação.

O principal assunto tratado por políticos no Estado do Ceará não poderia ser outro: a pandemia de coronavírus que está ceifando a vida de milhares de pessoas no mundo todo. No entanto, visando o pleito eleitoral que se avizinha, todos eles têm outro tema como coadjuvante nos bastidores da política local: a construção de coligações partidárias para enfrentar as eleições municipais, ainda previstas para outubro deste ano.

Este é um tema que os políticos cearenses, assim como todo político do País, está tentando evitar no momento, e com razão. Afinal de contas a saúde das pessoas vem em primeiro lugar. Por isso, tantos projetos foram apresentados nas casas legislativas tratando sobre medidas contra o avanço da pandemia no Brasil. Esforços nessas medidas também são mecanismos de viabilidade política num futuro próximo.

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O PSDB parece não querer repetir um grande insucesso em Fortaleza. Carlos Matos tem prazo para viabilizar o seu nome

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Em Fortaleza, as principais pré-candidaturas colocadas até aqui já vem discutindo a formação de blocos de aliança para o pleito vindouro. Ainda que não tenha apresentado um nome para a disputa na Capital cearense, a base governista do prefeito Roberto Cláudio deve seguir unida até as eleições, o que fará com que um eventual candidato do PDT (partido que naturalmente indicará o cabeça da chapa majoritária) tenha a maior coligação partidária das eleições.

Atualmente, mais ou menos 14 partidos fazem parte do arco de aliança do prefeito Roberto Cláudio, o que deve ser reproduzido no pleito Municipal. Fazem parte da base governista: PDT, PP, PSD, DEM, PSB, PL, PCdoB, Cidadania, Patriota, além de siglas que perderam participação na Câmara Municipal, como o PRTB e PRP. O PMB, Rede e PTB também estão no grupo de aliados do Governo.

Os dois membros do PSDB na Câmara (Plácido Filho e Jorge Pinheiro) são alinhados com a base governista de Roberto Cláudio. No entanto, o partido pretende lançar candidatura própria, e está trabalhando o nome do ex-deputado estadual Carlos Matos. O tucano, porém, ainda não conseguiu se aproximar de outras legendas para formar uma coligação com capacidade de disputa.

Algumas das personagens envolvidas na disputa eleitoral em Fortaleza. Foto: Reprodução/Divulgação.

O Republicanos, até início do ano, fazia parte da base aliada de Roberto Cláudio, inclusive, com o presidente da sigla, Ronaldo Martins, atuando na Secretaria dos Esportes. A legenda rompeu com o Governo e deve apoiar Capitão Wagner (PROS).

Aliado histórico

Além do Republicanos, Wagner está negociando com o PSL. O PROS do Capitão Wagner já fechou questão com Avante, PSC e Podemos, siglas menores mas com potencial de ajudar o pretenso candidato com tempo no horário da propaganda eleitoral no rádio e televisão. De acordo com Wagner, ainda há diálogo com outras duas legendas, o que deve ser concluído até junho.

Luizianne Lins, único nome do Partido dos Trabalhadores (PT) colocado para a disputa eleitoral, também tem conversado com alguns partidos menores em Fortaleza. PTC e Democracia Cristã (DC), por exemplo, são agremiações que têm dialogado com a sigla petista em Fortaleza. Aliado histórico da legenda, o PCdoB, mais uma vez, deve ficar do lado do grupo governista.

Governador Camilo

Dirigentes do Partido dos Trabalhadores também insistem em um diálogo com o PSOL, que no Ceará é dirigido por Ailton Lopes. No entanto, Lopes defende candidatura própria da legenda e Renato Roseno pode ser o escolhido. A sigla socialista tem dialogado com PCB e UP.

O MDB, sem um nome com capilaridade para as eleições municipais deste ano, através do presidente municipal, Walter Cavalcante, chegou a sinalizar interesse em se alinhar com o PT em Fortaleza. No entanto, Cavalcante afirmou que queria dialogar com o governador Camilo Santana primeiro, o que não foi visto com bons olhos por Guilherme Sampaio, presidente da sigla petista na Capital cearense.

Discussões

Outros nomes também se colocaram como eventuais candidatos ao pleito deste ano, mas suas candidaturas não chegaram sequer ao ponto de discussões internas com outras agremiações. É o caso, por exemplo, do deputado federal Célio Studart, do PV, e do deputado estadual Heitor Férrer (SD), que nas eleições de 2016 ficou na quarta posição entre os postulantes.

O executivo Geraldo Luciano vem tentando se impor como candidato pelo Novo. O PSTU, partido da esquerda trabalhista, também lançou um pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, ainda no ano passado: o operário Zé Batista.