Início das inscrições para o Enem se dará dia 11 de maio. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.

Com a aproximação da data de abertura para as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, marcada para 11 de maio, alguns parlamentares começaram a fazer campanha pelo adiamento do exame.

Deputado cearense a favor do adiamento

“Manter o ENEM é aumentar a desigualdade entre estudantes das redes públicas e privadas”, alerta o deputado estadual Acrísio Sena (PT). O parlamentar informa que, de cada 4 brasileiros, somente um tem acesso à Internet. Ou seja, manter o ENEM após essa paralisação das aulas devido à pandemia significaria aprofundar as desigualdades entre alunos das redes pública e privada.

Professor e vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Ceará, Acrísio vê o adiamento como uma questão de bom senso. “São poucos os estudantes que têm condições de ter aulas à distância no contexto da pandemia, e isso afetaria o desempenho dos mais vulneráveis. Vamos procurar a bancada federal e pedir aos secretários de educação estaduais e municipais que se posicionem, contrariamente, sobre o assunto junto ao MEC”, afirmou.

Diante desta situação, Acrísio defende uma campanha nacional pelo adiamento do exame.

#AdiaEnem

A deputada federal Tábata Amaral (PDT-SP) puxou campanha nas redes sociais com a hashtag #AdiaEnem. Após postagem do ministro da Educação, Abraham Weintraub, acusando a esquerda de pedir o cancelamento do exame, a deputada rebateu: “Ninguém falou em cancelar o Enem. O que pedimos é que olhe para a realidade de milhões de alunos que não têm como estudar durante a pandemia. Esperamos que o Sr. redefina o calendário escolar e reagende o Enem para uma data mais viável e coerente”, escreveu na rede social Twitter.