Lucas Fiúza, o ministro do Turismo, Marcelo Antônio, e deputado Heitor Freire. Foto: Reprodução/Facebook.

O presidente do PSL em Fortaleza, Lucas Fiúza, utilizou as redes sociais para dizer que estava deixando a sigla devido os “decepcionantes fatos” que vêm ocorrendo com o partido nas últimas semanas. Este é o segundo dirigente da legenda na Capital cearense a deixar o comando da agremiação em apenas quatro meses. Em junho, o deputado estadual André Fernandes foi destituído do cargo.

Na semana passada se intensificou a crise entre membros do PSL ligados ao presidente Jair Bolsonaro de um lado, e do outro os partidários do presidente da executiva nacional do partido, deputado Luciano Bivar. Alguns partidários do grêmio, dentre eles o próprio Bolsonaro, ameaçaram deixar o partido, o que ainda não aconteceu.

Na manhã desta segunda-feira (21), Lucas Fiúza disse que se envolveu na política para ajudar Bolsonaro a “governar e mudar o Brasil para melhor, jamais para ser parte de um obstáculo em seu caminho”. Ao fim da publicação, o agora ex-dirigente afirmou que está com Bolsonaro.

O partido perde seu segundo presidente em quatro meses, visto que o deputado estadual André Fernandes foi destituído em junho passado após desavenças com o presidente da estadual, Heitor Freire. Na semana passada, em meio a crise entre “bolsonaristas”  e “bivaristas”, Fernandes chegou a acusar Freire de ter gravado conversa com o presidente Jair Bolsonaro e divulgado para a imprensa.

Após a destituição de Fernandes, no dia 12 de junho, Fiúza assumiu o comando do partido na Capital, oficialmente uma semana depois. Conforme registro no site do Tribunal Regional Eleitoral (TER) do Ceará, a  comissão provisória já foi desfeita na data de  hoje.

Até a publicação desta matéria, o PSL ainda não havia indicado outro nome para presidir o partido. Vale ressaltar que a crise na agremiação ocorre menos de um ano para o pleito eleitoral nos municípios.

Ao Blog do Edison Silva, Lucas Fiúza disse que não houve qualquer conflito com a direção estadual da legenda. Ainda filiado ao PSL, ele salientou que apenas não concordou com a conduta da legenda junto a Jair Bolsonaro. Sobre Heitor Freire, o ex-presidente da sigla afirmou que haverá um pronunciamento do correligionário sobre seu apoio ao presidente da República.

No fim da tarde Freire informou, através de nota, que a saída de Fiúza “se deu de forma tranquila e que segue apoiando as ações do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro, assim como o presidente do partido, deputado federal Heitor Freire”. Um novo nome para a função está em definição e será anunciado em breve.