Delegado Cavalcante defende saída do PSL junto com o presidente Bolsonaro. Foto: Blog do Edison Silva.

Principais defensores da gestão do presidente Jair Bolsonaro no Ceará, os deputados estaduais André Fernandes e Delegado Cavalcante, filiados ao PSL, já decidiram que deixarão os quadros da legenda, caso seu principal líder deixe a agremiação. Recentemente, Bolsonaro sinalizou o desejo de deixar a agremiação, que é denunciada por uma série de irregularidades, principalmente, no caso de candidaturas “laranjas”.

“Vamos sair, sim. Vamos para onde ele vai”, disse Delegado Cavalcante, líder do PSL na Casa Legislativa. Segundo ele, Bolsonaro nunca teve controle do partido ou fez parte das decisões da legenda.

“O PSL sempre foi comandado pelo Bivar e meia dúzia de membros do partido. O presidente está totalmente alheio sobre os rumos do partido”, destacou.

Ainda segundo o parlamentar, o presidente já deveria ter demitido o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, envolvido nos casos de candidaturas “laranjas” durante as eleições de 2018, em Minas Gerais. “Ele está segurando o ministro do Turismo. Já deveria ter demitido. Os conflitos que eram internos, agora já estão externos”.

Delegado Cavalcante afirmou ainda que não existe mais relação dele e de André Fernandes com o presidente estadual da legenda no Ceará, o deputado federal Heitor Freire.

Segundo disse, há mais ou menos seis meses houve pedido de intervenção no diretório estadual do partido no Estado e, até o momento, não houve resposta. Segundo denúncias feitas por Fernandes e Cavalcante existem irregularidades na condução do grêmio no Estado.

“Entramos com representação pedindo intervenção na comissão provisória e agora o próprio presidente quer sair do partido. Existem muitas denúncias de candidaturas “laranjas”, e o presidente já se pronunciou que quer sair. E se ele sair, nós seguiremos com o presidente”, assegurou.