Ministro Alexandre de Moraes autorizou a busca e apreensão na casa e no escritório do ex-procurador-geral, Rodrigo Janot. Foto: STF.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta sexta-feira (27) ação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal em endereço residencial e escritório do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em Brasília.

A medida acontece após pedido do ministro Gilmar Mendes, pela retirada do registro de porte de armas do ex-procurador-geral. O ministro pediu também que Janot seja impedido de entrar na Corte.

A decisão se deu no âmbito do inquérito que apura ofensas aos ministros do STF. A PF já apreendeu uma pistola, três pentes, celular e o tablet de Janot.

pedido de Gilmar se baseou na entrevista em que o ex-procurador disse que, no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do STF com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar. “Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, afirmou à Veja e e ao O Estado de S. Paulo.

O pedido do ministro Gilmar Mendes foi no sentido que fosse retirado o registro de porte de armas do ex-procurador-geral da República e que Janot fosse impedido de entrar na Corte.

Mais cedo, Gilmar recomentou que Janot procurasse um “tratamento psiquiátrico”, e afirmou que vai continuar a defender a Constituição e o devido processo legal.

“Confesso que estou algo surpreso. Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer”, disse.

Pela Lei Orgânica do Ministério Público da União, Lei Complementar à Constituição Federal nº 75/1993, estabeleceu-se, no artigo 18, que são prerrogativas dos membros do MPF o porte de arma, independentemente de autorização.

Fonte: Site Conjur.