Deputado Fernando Hugo defende ações do governo estadual no combate aos ataques recentes no Ceará. Foto: Marcelo Bloc/Blog do Edison Silva.

Após o governador Camilo Santana (PT) ter dito, em entrevista à Folha de S. Paulo, que defende que haja uma legislação mais rigorosa contra o terrorismo, deputados estaduais cearenses demonstraram, nesta quinta-feira (26), um pensamento semelhante ao do chefe do Poder Executivo. Santana qualifica como terrorismo os atos ocorridos no estado e pede uma punição mais dura a que quem seja flagrado cometendo o crime, o que demandaria uma alteração na legislação.

Oposicionista do governo estadual na Assembleia, o deputado Heitor Férrer (SD) pede também um endurecimento nas leis. “Classificar o que vem ocorrendo no Ceará como crime comum, isso é contrassenso! É terrorismo mesmo! Essas coisas têm que ser catalogadas em uma lei mais rígida para conter a violência. Nesse sentido, eu acho que o governador está correto. O Brasil tem que entender que nós estamos em uma guerra contra o crime paralelo, o crime organizado, e isso tem que ter, obviamente, a tomada de rédeas pela União e pelos Estados brasileiros”, afirmou ao Blog do Edison Silva.

Decano na Casa, o deputado Fernando Hugo (PP) lembrou que, quando houve ataques semelhantes no início do ano, Camilo Santana buscou o apoio do Governo Federal, ‘desnudando-se de qualquer ideologia ou comportamento de adversidade que têm, ele e seu partido, com o Governo (Federal)’. O parlamentar aplaude a busca de união do governador no combate às facções e acredita estar correto o chefe do Poder Executivo em clamar por uma legislação mais forte contra o terrorismo. Ele sugere, no entanto, que Camilo deveria aproveitar o momento para clamar à bancada cearense para que não votasse contra todas as proposituras vindas do Congresso que tenham o interesse de combater a corrupção.

Policial Civil, o deputado Tony Brito (PROS) defende uma legislação mais dura quando ações prejudiquem a população diretamente. “A lei tem que ser mais rigorosa mesmo, principalmente quando se tem em vista que quem está sendo atacado é o cidadão, que paga seus impostos, que é sacrificado, que tem que pegar ônibus para ir trabalhar e passa o dia todo trabalhando e, quando está voltando para casa, já cansado, vê um bandido queimar o ônibus e ele tem que voltar, muitas vezes, a pé para casa”, explicou.