Heitor Férrer acredita que as políticas públicas no estado não focam na melhoria de vida do povo cearense. Foto: Blog do Edison Silva.

O deputado Heitor Férrer (SD), durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta sexta-feira (16), lamentou os dados que colocam o Estado do Ceará no quarto lugar do país dentre os estados brasileiros quando o assunto é o número de pessoas que vivem na extrema pobreza. O parlamentar repercutiu os dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Ministério da Cidadania, que apontam que 31,7 mil cearenses entraram na extrema pobreza somente em 2019, sobrevivendo com até R$ 89 por mês.

Para o deputado, esses dados envergonham e entristecem a todos no estado. Para ele, essa situação é fruto de governos que não dão prioridade aos mais necessitados. “A inversão de prioridade dos últimos governos do Estado fez com que chegássemos nesta situação de pobreza, pois quando essa quantidade de cearenses entra na faixa da extrema pobreza é por responsabilidade dos atuais governantes”, avaliou.

Para ele, as políticas públicas não estão servindo para melhorar a vida dos cearenses. Heitor lembrou que desde o governo Lúcio Alcântara fora criado o Fundo de Combate à Pobreza (Fecop). “E nada melhorou a vida dessas pessoas extremamente pobres? Tem é piorado? Portanto, são políticas equivocadas, elegeram prioridades que não são prioridades para melhorar a vida do povo do Ceará”, questionou ao blog.

Em julho, este blog publicou matéria sobre balanço do Fundo de Combate à Pobreza. Clique aqui para ler.

 

Férrer afirmou que o a base aliada costuma exaltar os bons índices fiscais do estado, mas que essa saúde fiscal tem maltratado o cidadão. “É um preço muito alto”, concluiu.

Aparte

Corroborando com o pronunciamento do colega, o deputado Tony Brito (Pros) ressaltou os alarmantes índices de desigualdade no Ceará e no Brasil. “A concentração de renda é enorme em uma parcela de 1,2% da população cearense, e precisamos nos questionar onde está o cumprimento dos fins desejados pelo Estado e a dignidade do ser humano”, pontuou.