De todo não está descartada a sanção da lei que aumentou os subsídios dos ministros do Supremo Tribunal Federal e dos integrantes da Procuradoria Geral da República, mas o presidente Michel Temer está fazendo suspense quanto à sua decisão de vetar ou não a matéria. Ele tem até o próximo dia 28 para decidir o que fazer. Se não vetar ou sancionar, a matéria volta para o Congresso Nacional e deverá ser promulgada, pois as duas Casas: Câmara e Senado a aprovaram, após um longo tempo de seu ingresso no Poder.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, é contra a sanção do projeto. Sua última manifestação sobre o tema foi para afirmar que Temer tem responsabilidade e competência para decidir. O aumento tem consequência direta nas contas de todos os governos estaduais, pois a ele estão atrelados os subsídios dos magistrados, procuradores e promotores estaduais.

Leia matéria do site da Agência Brasil:

O presidente Michel Temer disse hoje (14) que examina com “muito cuidado” o reajuste salarial para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, só decidirá se vai sancionar ou vetar “lá na frente”. Temer lembrou que tem até até o dia 28 para tomar a decisão.

“Estou examinando este assunto com muito cuidado e só decidirei lá na frente. Vamos ver como fazemos. Temos até o dia 28 de novembro para a sanção”, disse em Campinas, no interior de São Paulo, após inauguração do projeto Sirius, um acelerador de partículas.

O reajuste altera o subsídio dos 11 integrantes do STF e da atual chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, de R$ 33,7 mil para R$ 39 mil, e provoca um efeito cascata sobre os funcionários do Judiciário, abrindo caminho também para um possível aumento dos vencimentos dos parlamentares e do presidente da República.

O Senado aprovou o aumento no último dia 7. Alguns governadores, como o eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse ter receio do possível efeito cascata causado pelo reajuste.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que o aumento era “inoportuno” e sugeriu o veto.

* Com informações de Fernanda Cruz, de São Paulo