Pedido de cassação de Ronivaldo Maia foi arquivado pelo Conselho de Ética da CMFor. Sargento Reginauro acusa CPI da AL de ter interesse político-eleitoral. Fotos: CMFor.

A semana que está sendo encerrada foi de momentos tensos para dois vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza. Enquanto um foi absolvido pelo Conselho de Ética por acusação de tentativa de feminicídio, o outro foi ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga envolvimento de associações de militares com possível financiamento da paralisação de agentes de Segurança Pública em 2020.

O primeiro caso envolve o vereador Ronivaldo Maia, do Partido dos Trabalhadores. O petista está sendo acusado judicialmente por tentativa de feminicídio, após ter jogado o carro em que dirigia contra uma mulher, depois de discussão entre os dois. O parlamentar foi absolvido pelo Conselho de Ética na terça-feira (12), que arquivou o pedido de cassação de seu mandato impetrado pela bancada do PSOL.

Apesar do arquivamento, os vereadores do PSOL afirmaram que vão recorrer da decisão do colegiado. A líder do PT, vereadora Larissa Gaspar, inclusive, disse que também assinaria o pedido de cassação de seu correligionário. A parlamentar é uma das principais defensoras da causa feminina na Câmara Municipal de Fortaleza.

Durante votação do arquivamento do processo contra Ronivaldo Maia, somente a vereadora Cláudia Gomes (PSDB) votou contrária à decisão do grupo.

Já Sargento Reginauro (UB) teve que prestar esclarecimentos sobre sua participação como presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), da qual foi presidente até fevereiro de 2020, quando ocorreram motins de militares no Ceará. O parlamentar foi ouvido na condição de convidado, mas se sentiu pressionado, uma vez que acredita que a CPI tem interesse político-eleitoral.

Bolsonaristas

Segundo ele, o objetivo da fiscalização é atingir o pré-candidato ao Governo do Estado, Capitão Wagner (UB), responsável pela criação da entidade. Em suas redes sociais, Reginauro afirma que entrará com ação para anular decisões do inquérito em andamento na Assembleia Legislativa.

Na oitiva de Sargento Reginauro na Assembleia Legislativa, vereadores bolsonaristas compareceram para dar apoio ao colega. Foram eles: Priscila Costa (PL), Carmelo Neto (PL), Márcio Martins (PROS), Julierme Sena (UB), Dudu Diógenes (PL) e Danilo Lopes (Avante).