Eletrificação. Foto: Agência Brasil.

Pelo menos 106 consórcios públicos intermunicipais têm prospecto de atuação na área de Iluminação Pública (IP) em seus protocolos de intenções, alcançando 1.695 Municípios. O Sudeste representa 48% dos consórcios desse segmento, seguido do Nordeste com 22%, Sul (17%) e Centro-Oeste (5%). A região Norte, pelo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), não possui nenhum consórcio com protocolo de intenções em IP.

A informação faz parte da nova edição do mapeamento dos Consórcios Públicos Brasileiros publicado pela entidade, disponível no Portal do Observatório de Consórcios Públicos Intermunicipais.

Vale destacar que o setor de Iluminação Pública, na última década, passou por profundas transformações em relação à competência e segurança jurídica que contribuíram para que o setor seja considerado pelos especialistas um dos mais atrativos para os parceiros privados para viabilizar Parcerias Público-Privadas (PPPs), em função das fontes de receitas vinculadas advindas da contribuição de iluminação pública (COSIP), mas que traz a segurança jurídica e mecanismos claros para o custeio das contraprestações e de apoio do governo federal na modelagem dos projetos.

O segmento de Iluminação Pública é o primeiro em concentração de projetos de PPPs, com 400 iniciativas identificadas no país e 53 contratos, segundo levantamento realizado pela instituição Radar PPP até maio de 2021.

Já em relação aos consórcios públicos com previsão para atuar na área de Iluminação Pública, foi a primeira iniciativa do governo federal para a abertura de um chamamento público de apoio à estruturação de projetos de PPPs com o apoio do Fundo de Apoio à Estruturação e ao Desenvolvimento de projetos de Concessões Privadas (FEP) exclusiva para Municípios em regime de consórcio.

A CNM explica que o FEP é o Fundo federal de apoio à estruturação e ao desenvolvimento de projetos de concessões e PPPs, criado pela Lei 13.529 em 2017 e administrado pela Caixa Econômica Federal.

No ano de 2019, 15 consórcios públicos se inscreveram no chamamento, representando o universo de 149 Municípios e como potencial de beneficiários diretos de mais de 5 milhões de pessoas. Os consórcios da região Nordeste lideraram as inscrições. Destes, 9 consórcios foram habilitados, assim como 5 consórcios vinculados ao estado da Bahia que aguardam a convocação. Atualmente, o FEP é a única iniciativa no país que estimula formas inovadoras de atender serviços de Iluminação Pública em regime consorciado para concessões e PPPs, em caráter de Fábrica de Projetos, ou seja, estimular novas modelagens para avaliar a escalabilidade e apoio os entes subnacionais.

A entidade chama atenção no sentido de que os consórcios públicos que desejem implementar uma concessão, seja ela tradicional ou PPP, é necessário verificar se o contrato do consórcio atende ao que está previsto no art. 2º, §3º da Lei 11.107/2005: “Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos mediante autorização prevista no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições a que deverá atender, observada a legislação de normas gerais em vigor”.

Em complemento, deve-se atenção também ao previsto no art. 20 do Decreto 6.017/2007, sobretudo, em relação à previsão do §1º que estabelece a necessidade de observar “metas de desempenho e os critérios para a fixação de tarifas ou de outros preços públicos”.

Para a CNM é importante avaliar e testar modelagens financeiras para identificar aderência e aprimoramento de determinados tipos de serviços na modalidade consórcio conectada a parceria público-privadas.

Fonte: Agência CNM de Notícias.