Nas eleições de 2020, MDB lançou Walter Cavalcante (à direita) como vice na chapa encabeçada por Heitor Férrer (SD). Candidato ficou na quarta colocação. Foto: Blog do Edison Silva.

Nas eleições de 2020, o MDB, que era a segunda legenda com mais representantes nas prefeituras do Ceará, caiu para a quarta posição, isso dois anos após a derrota de seu principal representante no Estado, o então senador Eunício Oliveira, que ficou na terceira colocação entre os candidatos ao Senado.

Passado esse período de revés, o partido está se articulando em busca de retomar espaços que foram perdidos para outras legendas nos últimos anos.

A agremiação, que em 2018 elegeu quatro deputados estaduais, acredita que, com os nomes interessados na disputa pelo grêmio em 2022, possa trabalhar para eleger até sete parlamentares para a Assembleia Legislativa.

Já para a Câmara Federal, o interesse do partido é mais ambicioso: sair de um representante para quatro.

De acordo com o deputado estadual Danniel Oliveira, essa meta é possível visto as articulações que estão sendo feitas em encontros que o MDB está realizando no Interior do Estado. A legenda também tem buscado dar espaço a suplentes bem votados no pleito passado, o que fará com que esses quadros permaneçam na sigla e contribuam na atração de mais votos para o partido.

Dos atuais cinco representantes do MDB na Assembleia, dois são suplentes. O rodízio de licenças deve permanecer ativo na agremiação até o pleito do próximo ano. “A pré-campanha já vem de modo muito acelerado no Ceará e o MDB não pode ser diferente disso. Até pelo tamanho que temos no Estado e na Assembleia. As articulações já estão sendo feitas para 2022”, disse Oliveira.

Ainda de acordo com Danniel, o MDB trabalha na perspectiva de ser protagonista no processo de 2022. O mesmo discurso foi defendido pela sigla em 2020, mas o partido apresentou um nome apenas para a candidatura de vice na chapa encabeçada por Heitor Férrer (SD), que ficou na quarta colocação na disputa para Prefeitura de Fortaleza.

“Estamos conversando com diversas lideranças e a opinião vai ser aquela que será debatida pelo partido para que a gente avance. Muitas áreas partidárias pedem o retorno do senador Eunício ao cenário maior, de repente, até para o Governo do Estado. Hoje, de fato, ele tem relacionamento estreito com o governador Camilo Santana e isso vai influenciar na decisão final”, destacou.

“Nossa expectativa é fazer pelo menos sete estaduais e quatro federais, diante os números que temos. A perspectiva é aumentar esses números para fortalecer o partido no Estado e dar nossa contribuição” – (Danniel Oliveira)