Inspetor Alberto e o vereador Julierme Sena, correliginários, se juntaram para criticar a gestão Sarto. Foto: Reprodução/Instagram
A Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) aprovou, na quinta-feira (25), um empréstimo de R$ 425 milhões à Prefeitura. No entanto, apesar da aprovação, alguns vereadores foram contrários à decisão. Um dos que se manifestou no Plenário da Casa foi o vereador de oposição à base aliada ao prefeito José Sarto (PDT), Inspetor Alberto (PL). Na ocasião, o parlamentar levou uma bolsa com células de brinquedo impressas com o rosto do prefeito.
O vereador subiu à tribuna e, aos gritos, não criticou apenas o pedido de um novo empréstimo, como também a falta de prestação de contas da Prefeituira. “Eu não vi o prefeito gastar, dos sétimos empréstimos que foram aprovados pela Casa, nenhum centavo. Não comprou nenhuma pá, carro de mão, enxadas!”, exclamou ele.
Ainda sobre a prestação de contas, Alberto disse que “deixaria seu mandato de vereador” caso qualquer parlamentar, da base aliada ou da oposição, chegasse com o balanço de contas da Prefeitura. Em seguida, o vereador se dirigiu à câmera que filma a sessão e deixou um recado direito para o prefeito. “Sarto estou falando para ti! Tu vai deixar pra quem esse dinheiro todo? Essa herança?”. Ao fundo da gravação, é possível escutar um outro vereador dizendo: “Para a Marrion!”, referindo-se à cadela que mascote na campanha do prefeito em 2020.
Em seguida, Alberto propôs que o prefeito “derrame uma cascata de dinheiro para que possamos observar, na Praça do Ferreira“, ao mesmo tempo em que retirava de uma bolsa oito malotes de réplicas de notas de R$ 100,00, estampadas com a imagem de Sarto e da cadela Marrion. Ele as lançou para o alto, do púlpito, exclamando: “Este gesto é uma forma de protesto, presidente!” Ao longe, foi avistado o vice-líder de Sarto, Carlos Mesquita (PDT), carregando uma das réplicas.
Críticas aos empréstimos da Prefeitura
Ao longo da manhã da sessão plenária, os legisladores da bancada de oposição expressaram críticas quanto à magnitude dos recursos requisitados pelo Poder Executivo e à falta de transparência na alocação desses montantes.
