Iraguassu Filho lembrou estar filiado há 22 anos no PDT e questionou falas de deputados pedetistas. Foto: CMFor

Enquanto na Assembleia Legislativa a maioria dos deputados defende a liderança do senador Cid Gomes na presidência do PDT, na Câmara Municipal de Fortaleza a situação é bem diferente. Vereadores da Capital se posicionaram, na manhã desta quarta-feira (04) sobre a nova crise interna da legenda e defenderam o deputado federal André Figueiredo como presidente legítimo da sigla.

O vereador Iraguassu Filho(PDT) se posicionou sobre o momento vivido pelo PDT. Ele retrucou falas de alguns deputados que chegaram a falar que uma minoria pedetista queria se impor quanto à maioria do partido. Segundo lembrou, Roberto Cláudio foi escolhido candidato do partido para o Governo do Estado, no ano passado, pela maioria, mas ainda assim muitos membros da legendas não apoiaram sua candidatura e nem fizeram campanha para o então postulante.

“Precisamos de um diálogo equilibrado, que alguém possa conduzir de forma serena. E esse alguém, dentro dos que estão no PDT, que tem diálogo nacional, é o deputado André Figueiredo”, disse. Ainda de acordo com Iraguassu, na reunião da última sexta-feira, Figueiredo teria esgotado toda possibilidade de manutenção de Cid Gomes no comando do partido até dezembro.

Ainda de acordo com ele, durante a reunião, o senador Cid Gomes chegou a chamar um quadro histórico do partido de “bobão” e “capacho”, o que fez os ânimos se alterarem durante o encontro. “Se a gente vai ficar pequeno, não tem problema. Agora, não se pode menosprezar a maior cidade administrada pelo PDT, colocando em segundo ou terceiro planos”.

“Por que não ajuda, não contribui, não manda recursos para Fortaleza? Por que não abre as portas dos ministérios”, questionou Iraguassu sobre o trabalho de Cid Gomes para com a Capital cearense, destacando que está filiado ao PDT há 22 anos.

O vereador Adail Júnior (PDT), por exemplo, afirmou que aqueles que defendem a liderança de Cid no PDT “não tem moral para ser exemplo”, visto que no ano passado, durante as eleições para governador do Estado apoiaram a candidatura do Partido dos Trabalhadores, enquanto que a sigla pedetista tinha um candidato na disputa.

“Ditadura é não respeitar aquilo que foi posto, nomeado, eleito. A gente ainda tem que engolir isso. Quem perdeu a eleição foi o grupo de deputados e prefeitos do PDT, que ainda tiveram a audácia de sair do partido para ir para o PT”, reclamou.

Didi Mangueira (PDT) iniciou suas falas lembrando de episódio em que Cid Gomes chamou um militante petista de “babaca”, lembrando da prisão do presidente Lula. Ainda de acordo com ele, durante as eleições do ano passado, Cid Gomes, Lia Gomes e Ivo Gomes teriam “dado as costas” à candidatura do irmão, Ciro Gomes e disse que esse é um episódio triste na família Ferreira Gomes.

Retrospectiva

“Ditadura é querer tomar, na marra, um partido que lhe acolheu tão bem”, disse Didi, lembrando quando o grupo dos Ferreira Gomes deixou o PSB para ingressar no PDT. Ele lembrou, também, falas da deputada federal Luizianne Lins, que teria dito à época que a família iria fazer com a sigla pedetista o que fez com outros partidos.

“É preciso fazer essa retrospectiva para entender que o PDT não merece isso o que você estão fazendo. A história do André Figueiredo, o que esse Roberto Cláudio fez para eleger e reeleger Camilo, para eleger Sarto”, lembrou Didi, que é líder do PDT na Câmara Municipal de Fortaleza.

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