Justiça anula reunião que escolheu Cid Gomes como presidente do PDT do Ceará

Praticamente no mesmo instante em que o Partido Democrático Trabalhista no Ceará escolhia Cid Gomes como presidente da sigla, a juíza Maria de Fátima Bezerra Facundo, da 28° Vara Cível de Fortaleza, suspendia os efeitos da eleição de nova executiva partidária. O senador foi eleito, na tarde desta segunda-feira (16), com apoio de seus aliados, presidente da legenda.

A decisão liminar mantém o comando do partido nas mãos do deputado federal André Figueiredo, que continua acumulando as funções de presidente do PDT do Ceará e o partido em nível nacioinal, visto que Carlos Lupi está licenciado pois está atuando como ministro do Ministério da Previdência.

A magistrada suspendeu os efeitos do edital de convocação da reunião extraordinária realizada na tarde desta segunda-feira. Ainda de acordo com ela, em tendo sido realizada a reunião esta tem seus efeitos suspensos, o que deve ser feito.

De acordo com a ação impetrada por André Figueiredo, a reunião convocada por Cid Gomes não respeitou trâmites mínimos necessários, como a convocação de reunião no prazo prévio de 20 dias, com inscrições para registro de chapa até as 18 horas do quinto dia anterior à realização do encontro.

A juíza Fátima Facundo já havia decidido pela anulação da inativação do diretório do PDT feito por André Figueiredo. Ele alegou, na ocasião, que o período do atual diretório já havia sido encerrado e destituiu todos os seus membros, o que gerou críticas por membros da legenda.

O novo capítulo da briga interna do PDT, aparentemente, está longe de ter um fim. Tudo começou quando, ainda em setembro, em reunião da executiva, houve atrito entre pedetistas governistas e oposicionistas. Na segunda-feira, no dia 29 de esetembro, André Figueiredo resolveu depor Cid Gomes.

Frustração

A convenção juá tinha acontecido quando os pedetistas foram intimados da decisão judicial de sua nulidade. Cid Gomes estava eleito presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) Os membros da legenda que fazem oposição ao Governo do Estado não participaram da votação, o que garantiu uma vitória praticamente unânime de Cid, visto que a participação em quase sua totalidade foi de pedetistas governistas, que são aliados do senador.

A votação não altera o que já estava em vigor desde a decisão da Justiça Eleitoral, que manteve o diretório estadual e Cid Gomes na presidência interina, atendendo acordo feito entre ele, o presidente estadual André Figueiredo e o presidente da sigla licenciado, o ministro da Previdência Carlos Lupi. Nas últimas semanas, após reunião tensa, e com troca de farpas, a executiva do PDT destituiu o diretório estadual, o que gerou críticas por parte de pedetistas governistas.

Com a restituição do diretório estadual, na semana passada, Cid Gomes já se manteria no comando da sigla, respeitando o acordo com os outros dirigentes, e seu mandato seria até o fim de dezembro, quando uma nova eleição deve ser realizada. Além de André Figueiredo, não participaram do encontro os deputados Antônio Henrique, Queiroz Filho e Cláudio Pinho, além do ex-prefeito Roberto Cláudio, o prefeito Sarto e outros vereadores alinhados com o PDT oposicionista.

Além de Cid Gomes como presidente, a nova executiva tem o prefeito de Quixeramobim, Cirilo Pimenta, como vice-presidente, o deputado Marcos Sobreira como 2º vice-presidente, Salmito Filho como secretário-geral, o vereador Júlio Brizzi como secretário adjunto, o secretário Robério Monteiro na tesouraria e o deputado federal Mauro Filho como tesouereiro adjunto. Silvana Sales e Carlos Veneranda são vogais.

Composião da nova executiva do PDT do Ceará:

Presidente – Cid Gomes (senador)
Vice-presidente – Cirilo Pimenta (prefeito de Quixeramobim)
2º vice-presidente – Marcos Sobreira (deputado estadual)
Secretário-geral – Salmito Filho (deputado estadual licenciado)
Secretário Adjunto – Júlio Brizzi (vereador de Fortaleza)
Tesoureiro – Robério Monteiro (deputado federal licenciado)
Tesoureiro adjunto – Mauro Filho (deputado federal)
Vogal – Silvana Sales
Vogal – Carlos Veneranda