Desde quando0 Cid e Ciro Gomes brigaram, em 2022, e Ciro o trata como inimigo, o comportamento de Cid mudou muito

O PDT, desde o desentendimento na formação de sua chapa para disputar o Governo do Estado, no ano passado, a cada dia torna-se menor. E regride com alguns dos seus apequenando-se  tanto que apagam o brilho que tiveram efemeramente. O encontro do diretório estadual do partido, sexta -feira (29), mas pareceu um aglomerado de pessoas desconhecidas e de qualificação menor, tantos foram os momentos de deseducação e de agressões pessoais diretas e indiretas.

O centro de tudo isso foi o senador Cid Gomes, na qualidade de presidente interino do núcleo estadual do partido, na presença do presidente licenciado, deputado André Figueiredo, que, após saído daquele local decidiu retomar o comando do partido, e o fez na manhã desta segunda-feira (2), defenestrando o Cid, depois de acusá-lo de romper o acordo firmado entre eles, que permitiu o pedido de licença de André, até o mês de novembro.

André denuncia que Cid descumpriu o acordo firmado de, na sua interinidade, na presidência estadual do partido, não tratar de temas polêmicos como o da liberação de algum detentor de mandato para deixar o partido, de defender a candidatura do prefeito Sarto à reeleição, e de não tentar levar o partido a ser base de apoio ao Governo Elmano de Freitas. Cid, no dizer de André Figueiredo, desonrou sua palavra, pois atentou contra essas três posições consideradas de singular importância para o PDT.

O PDT cearense é um pequeno grupo que reúne uns poucos vereadores em Fortaleza, três deputados estaduais, e uns dois deputados federais. Todos os demais estão ligados ao ex-governador Camilo Santana, acreditando que este os garantirá as benesses do Governo do Estado. Diretamente, o governador Elmano de Freitas não procurou aliciar nenhum dos pedetistas. Como a maioria do partido sempre foi governistas, o líder desse grupo será sempre o Governo, até por que eles “não têm culpa do o governador mudar”, como dizia um conhecido vereador de Fortaleza.

Cid não é o líder dos deputados, prefeitos e vereadores que querem ser Governo. Ele está líder por deixar transparecer que ainda controla o Camilo e este, teria força suficiente no Governo Elmano para fazer o que o próprio Cid fazia no Governo Camilo. Sequer precisava falar com o governador para mandar um secretário atender um seu correligionário.  Agora, Cid não é mais aquele. Nem Camilo tem a força de fazer o que o pedetista fazia, para que o Governo passado atendesse às suas ordens. Lamentavelmente, e é lamentando mesmo que registramos esse novo momento de Cid.

O senador Cid Gomes, desde quando o irmão Ciro rompeu com ele, não é mais o mesmo. Ele perdeu o segundo pai. Ciro sequer quer ouvir falar no nome dele, e ainda o detona, nos poucos instantes que se permite falar DO irmão. Cid não está representando bem o Ceará no Senado. Pouco ou quase não se tem notícia de sua atuação naquela Casa do Congresso Nacional, nem da CPMI que investiga os atos de vandalismo em Brasília, no dia 8 de janeiro pretérito, da qual é vice-presidente, ele participa. Os amigos poderiam ajudá-lo, não sendo “babão”, como ele qualificou um dos dirigentes do PDT, presentes ao encontro da última sexta-feira, mas advertindo-o do desvio que persegue.

O Ceará precisa de um Cid recuperado, senão total, por que o irmão parece que o quer como inimigo a vida toda, mas parcialmente recuperado, ele ainda poderá ajudar muito o Estado do Ceará, notadamente neste momento.