Vereador Michel Lins adotou uma política de contemplar os suplentes que o ajudaram a se eleger. Foto: CMFor

O vereador Michel Lins, que presidiu o Cidadania de Fortaleza, entrou de licença na semana passada dando espaço para ingresso do sexto suplente da sigla, o servidor público Juscelino Pinheiro. Lins se prepara para comandar no Ceará partido que nasce da fusão do Patriota e o PTB, mas já se comprometeu em se licenciar outra vez para dar espaço ao sétimo nome de sua antiga sigla.

O novo vereador, Juscelino Pinheiro, é servidor da Prefeitura de Fortaleza, já tendo exercido várias funções de na administração municipal.  Apesar de ter sido eleito pelo Cidadania, ele se encontra atualmente no Patriota, partido provisoriamente presidido por Michel Lins no Ceará.

Vereador de Fortaleza entra de licença para dar espaço ao sexto suplente

Ao assumir o cargo, nesta terça-feira, Pinheiro enalteceu a oportunidade que lhe possibilitou ocupar uma cadeira na Câmara Municipal, “O grupo político que faço parte tem construído um projeto coletivo, que tem histórico, credibilidade e futuro promissor”.

Como de praxe, vereadores aproveitaram a chegada do novo colega para elogiar a atitude de Michel Lins e também criticar a falta de compromisso e de oportunidade aos suplentes da maioria dos partidos. “Michel Lins, nesse mundo da política onde se prevalece a cruzeta, vossa excelência é um cara sério, onde os caras ruins não respeitam os bons!”, afirmou Bruno Mesquita (PL).

Adail Júnior (PDT) lembrou que, mesmo com uma votação expressiva para deputado estadual, nas eleições de 2018, não teve oportunidade de assumir o mandato como suplente. “Eu mesmo tirei 36 mil votos para deputado estadual, votos suficientes para ser eleito na maioria dos partidos, mas nunca me deram oportunidade de assumir. Não foram eleitos sozinhos” garantiu.

Rodízio

Márcio Martins, líder do SD, reforçou que Michel Lins virou referência de como se fazer partido. “No meu partido inclusive, quando se quer pressionar para buscar aumentar o número de suplentes, o que se escuta da turma é: olhe! Vamos fazer igual ao Michel,” assegura.

“Eu noto que a maioria das pessoas quando assume a cadeira de vereador, para tirar uma licença é muito difícil. A gente é eleito através do suplente também, se eles não tirarem votos, ninguém chega lá não,” defendeu Dr. Vicente (PT).

Didi Mangueira (PDT) ressaltou que em seu partido também há um rodízio para contemplar os suplentes, ficando atrás apenas do Cidadania, que se prepara para dar lugar ao sétimo suplente em breve.