Osmar Baquit disse que seguirá Cid Gomes, visto ser ele seu líder político no Ceará. Foto: Miguel Martins

O deputado Osmar Baquit (PDT) acredita que haverá uma disputa interna pelo comando do seu partido, estando de um lado o senador Cid Gomes e do outro o deputado federal André Figueiredo, que preside a sigla há anos. Tendo Cid como “a maior liderança do partido”, o parlamentar acredita que 80% da agremiação siga junto com o ex-governador.

“Eu vou apoiar o Cid Gomes, sem dúvidas. Sou liderado do senador e onde ele for, estarei com ele. Na minha opinião, essa disputa será inevitável. Mas o Cid tem a vantagem de ser o maior líder político do PDT e tem 80% da bancada, que vai acompanhar ele. Como ele não pode ser o presidente? Eu defendo um bom entendimento, mas se houver briga, vou com o Cid”, afirmou Baquit.

O deputado demonstrou incômodo com a situação de racha dentro do PDT do Ceará, com alguns deputados na base do governador Elmano de Freitas e outros fazendo oposição. Dentro do próprio partido há uma ala alinhada com Cid Gomes e outra com seu irmão, o ex-deputado federal Ciro Gomes. Os dois estão com relações políticas desfeitas.

“Não adianta mentir, que todo mundo sabe. O PDT não tem a mesma relação de antes, a mesma harmonia. O que há neste momento é uma briga interna”, apontoi Baquit. Em sua avaliação, se Cid Gomes for o presidente do diretório estadual do partido, alguns parlamentares que não estão se sentindo confortáveis na agremiação não terão necessidade de sair do grêmio.

“Se o PDT for dirigido pelo senador Cid Gomes, num diretório, talvez nem precise sair. Ruim é ficar no partido sabendo que o PDT não te quer de jeito nenhum”, disse ele em referência ao caso específico do presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Evandro Leitão.

“Ele pode até não ser escolhido pelo PDT como candidato, mas isso será feito de forma democrática”, apontou.