Ministro Alexandre de Moraes proferiu voto vencedor no julgamento virtual. Foto: Reprodução

Por constatar a relevância da ferramenta para o cumprimento da atividade regulatória, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) validou regras que autorizam a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a definir, por meio de resolução, infrações e penalidades administrativas sobre o serviço de transporte rodoviário.

A ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 5.906 foi proposta pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati).

A entidade questionava trechos da Lei 10.233/2001, que criou a ANTT, e a Resolução 233/2003 da agência, que estabeleceu infrações e sanções aos serviços de transporte rodoviário de passageiros interestadual e internacional.

A autora alegava que o poder normativo conferido à ANTT pela lei não a autoriza a tipificar ilícitos administrativos por meio de atos infralegais.

Prevaleceu o entendimento do ministro Alexandre de Moraes. Para ele, a interpretação pretendida pela Abrati suprimiria quase toda a competência normativa da ANTT. “O papel da agência ficaria reduzido ao de verdadeira gestora dos contratos de outorga de serviços públicos”, assinalou.

O magistrado também considerou que a resolução está de acordo com a lei, pois protege os interesses dos usuários quanto à qualidade e à oferta de serviços de transportes.

Ficou vencido o relator, ministro Marco Aurélio, que se aposentou em 2021. Ele votou a favor dos pedidos da Abrati. Todos os demais ministros acompanharam Alexandre.

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Fonte: ConJur