Apóstolo Luiz Henrique defendeu projetos que foram apresentados por ele ainda na Legislatura passada. Foto: Miguel Martins

Os deputados da Assembleia Legislativa voltaram a demonstrar preocupação com os ataques em escolas ocorridos nos últimos dias, em especial, a ocorrência no Município de Farias Brito, na Região Metropolitana do Cariri, onde duas crianças ficaram feridas. Diante da situação, já observada como alarmaente pelos parlamentares, eles apresentaram algumas medidas que devem inibir essas ações.

O deputado Apóstolo Luiz Henrique (Repu), em seu pronunciamento, criticou a forma como o debate sobre o tema tem sido levantado na Casa. Segundo ele, alguns de seus pares estão usando as tragédias das escolas para fazer palanque nas redes sociais. O parlamentar lembrou que já apresentou projetos que tratam sobre a implantação de detectores de metais nas escolas, reforço na segurança escolar e até propostas para a saúde mental de estudantes.

“Os debates nesta Casa precisam amadurecer. Além de usar o nome de Deus em vão em momentos oportunos, se utilizam da tragédia alheia para politizar e manter uma disputa ideológica que não cabe nesse momento”, criticou. Para ele, sem uma unidade verdadeira, em conjunto, a política brasileira não fará a diferença na vida das pessoas.

Dra. Silvana (PL) defendeu a apresentação de ideias no que diz respeito à segurança nas instituições de ensino do Estado.  Ela sugeriu a possibilidade de implantação de rondas policiais no entorno das escolas cearenses, como uma forma de fortalecer a segurança nas instituições de ensino do Estado. “Precisamos conversar sobre a segurança nas escolas, pensar em estratégias. Temos que dar uma resposta à população, porque estamos diante de um grande problema”.

Davi de Raimundão (MDB) lamentou o ataque de um adolescente a uma escola no município de Farias Brito e cobrou a prevenção a novas ações. Ele também defendeu a necessidade de fortalecimento da segurança no entorno das escolas, destacando ser preciso cuidar da saúde mental dos jovens. “Esses jovens precisam dessa atenção, que deve começar em casa. Que os pais olhem o comportamento dos seus filhos, o que estão levando para a escola. Às vezes um diálogo das famílias com esses jovens pode fazer a diferença”.

Frente Parlamentar

Sargento Reginauro (União) afirmou que não se pode fechar os olhos para a discussão dos casos de crimes nas escolas, bem como a urgência em cuidar da saúde mental e o envolvimento das famílias na prevenção de crimes e suicídios. Missias Dias (PT) também defendeu o cuidado com a saúde mental, a necessidade de garantir a segurança das crianças nas escolas, mas afirmou ser contrário ao armamento ou militarização nas escolas.

Leonardo Pinheiro (PP) também criticou o que chamou de “cultura armamentista” e avaliou que isso pode estimular ações violentas. O parlamentar anunciou ainda a proposta de instalação de uma frente parlamentar de combate à violência nas escolas na Assembleia Legislativa.