A solicitação foi feita no Inquérito das Milícias Digitais. Foto: Reprodução

Deputados do PSOL pediram nesta última segunda-feira (2/1) que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decrete a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por “incentivar atos criminosos e terroristas”.

Os políticos também afirmam que há a necessidade de apurar “discursos golpistas” com a “possível finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito”. A solicitação foi feita no Inquérito das Milícias Digitais.

“Jair Bolsonaro — com apoio de seus aliados — enalteceu a ditadura militar, defendeu abertamente golpe de Estado e divulgou fake news sobre fraude eleitoral durante todo o seu período a frente do poder Executivo. Os casos citados nesta exordial se juntam às dezenas de denúncias já presentes neste inquérito que mostram a clara tentativa de incentivar atos criminosos e terroristas, como os vivenciados em Brasília recentemente”, afirmam os deputados.

Além da prisão preventiva, pedem que Moraes determine a quebra de sigilo telefônico e telemático de Bolsonaro; busca e apreensão de provas e documentos; e a retirada do passaporte. O presidente deixou o Brasil rumo a Orlando, nos Estados Unidos, em 30 de dezembro.

Os deputados afirmam que Bolsonaro é o “autor intelectual” dos bloqueios em rodovias feitos por grupos que não aceitaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial.

“A gestão Bolsonaro criou, deliberadamente, uma enorme massa de pessoas fortemente armadas que não aceitam o resultado das últimas eleições, tudo isso sob uma fragilizada política de fiscalização que desconhece o destino e o paradeiro de armas e munições”, prosseguem.

O pedido é assinado por Juliano Medeiros, presidente do PSOL, e pelos deputados Guilherme Boulos (SP), Sâmia Bomfim (SP), Fernanda Melchionna (RS), Ivan Valente (SP), Vivi Reis (PA), Áurea Carolina (MG), Glauber Medeiros (RJ), Luiza Erundina (SP), Talíria Petrone (SP), Erika Hilton (SP), Tarcísio Motta (SP), Chico Alencar (SP), Henrique Vieira (RJ), Célia Xakriabá (MG) e Luciene Cavalcante (SP).

Fonte: site Conjur