Como o Blog adiantou, além dos 27 nomes que estiveram em almoço com Rolim, Reginauro e Danilo Lopes também declararam apoio ao pedetista. Foto: Divulgação

Candidato à presidência da Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Gardel Rolim (PDT) afirmou ao Blog do Edison Silva que seu objetivo como gestor do Legislativo da Capital cearense será fortalecer as comissões temáticas, bem como os mandatos parlamentares, envolvendo mais a Casa com a sociedade. De acordo com ele, apesar de a disputa interna refletir a disputa de forças no âmbito municipal e estadual, seu foco está no parlamento “em fazer uma gestão mais moderna“.

Gardel teve sua candidatura apresentada na semana passada, e em sete dias conseguiu atrair para seu entorno 29 apoios, podendo ter até 30, segundo afirmou. No entanto, ele destaca que, apesar de estar alinhado com a maioria da Casa, continuará as conversas, visto ter mais 20 dias pela frente para consolidar e formar uma chapa para comandar a Câmara. “Apresentarei minhas ideias, minhas propostas, o que penso para o parlamento. Vou fazer isso com todos os outros”.

Segundo ele, seu foco principal é fortalecer as comissões temáticas, os mandatos parlamentares e colocar em funcionamento a escola do parlamento de forma eficiente. “Tem que potencializar, discutir com a sociedade, com os setores da sociedade organizada, tentar trazer para a Câmara e estou focado nisso”.

Em sua avaliação, a disputa com o vereador Léo Couto (PSB), que também colocou seu nome para o embate, tem reflexo da discussão estadual e municipal partidária, visto que grupos políticos estão em busca da consolidação de forças. No entanto, ressaltou que ficará focado naquilo que se pode ser feito exclusivamente no parlamento. “Quero trazer uma gestão mais moderna, com processo de trabalho mais claro”.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara Municipal, a composição da Mesa Diretora deve respeitar a proporcionalidade, baseada na última eleição, ou seja, no caso em questão os partidos que elegeram vereadores no pleito de 2020. Atualmente, o PDT, que tem a maior bancada da Casa, teria direito a três vagas no colegiado enquanto que  o PSB,  Cidadania, PT o PROS a uma cada um desses partidos. As suplência, neste caso iriam para as bancadas com dois parlamentares.

“Obviamente, estou conversando para ter uma chapa que representa maior parte dos parlamentares. Estamos em diálogo e como tem tempo, vamos construir a chapa juntos, vendo quem pode estar na Mesa”, disse Gardel Rolim.

Mesa

Atualmente, um caso chama a atenção na Casa, envolvendo o Partido dos Trabalhadores. O partido expulsou o vereador Ronivaldo Maia (sem partido) de seus quadros e Larissa Gaspar (PT) foi eleita deputada estadual e não estará na Casa, a partir de 2023. Comenta-se, também, que Guilherme Sampaio (PT) possa assumir uma vaga na Assembleia Legislativa, no lugar de algum petista que vá para o Governo do Estado.

Neste caso, há a possibilidade de o partido ser substituído por outra legenda em caso de composição da Mesa Diretora. Na impossibilidade de a sigla petista indicar o nome para o colegiado, outras agremiações podem ocupar esse espaço, como o PSDB, que atualmente possui três parlamentares, e o PL, com cinco quadros.