Várias tentativas frustradas de negociação com o Ministério do Trabalho e Previdência por melhores condições salariais. Foto: Reprodução.

A paralisação de 24 horas dos médicos peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) atingiu as quase 25 mil perícias que estavam marcadas na terça-feira (01/02). Os atendimentos foram reagendados automaticamente pelo órgão.

A entidade afirma que o protesto ocorreu após tentativas frustradas de negociação por melhores condições de trabalho com o Ministério do Trabalho e Previdência.

O INSS informou, por meio de nota, que “será feita a remarcação de todos os atendimentos que não puderam ser realizados”. O Instituto ressaltou ainda que “não é necessário que o segurado solicite remarcação”.

Acrescentou ainda que “a perícia será reagendada pelo próprio INSS para a data mais próxima, sem que haja prejuízos financeiros para o segurado”. O segurado pode confirmar a nova data e horário da sua perícia pelo telefone 135 ou pelo Meu INSS.

A paralisação, segundo a Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP), pode culminar em uma greve por tempo indeterminado. O sindicato da categoria reivindica recomposição salarial de 19,99% – assim como outras categorias de servidores federais -, novo concurso público, fim da teleperícia e edição de decreto regulamentar da carreira, previsto em lei, entre outros pontos. Uma das reivindicações já foi atendida: o número de atendimentos médicos diários caiu de 15 para 12 por médico perito.

A paralisação ocorrerá cerca de uma semana após o anúncio de corte de R$ 998 milhões nas despesas do INSS previstas no Orçamento. O valor representa 41% da verba de R$ 1,4 bilhão inicialmente prevista para o órgão. A medida ameaça o atendimento dos segurados e é vista como inferior ao mínimo necessário para assegurar as atividades do órgão. A fila de espera por benefícios acumulava 1,8 milhão de pedidos em novembro.

Com informações do site ConJur e da ANMP.